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Por Alice Cravo e Eliane Oliveira — Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que condena a "violação territorial' da Ucrânia, país invadido pela Rússia há mais de um ano. A sinalização ocorre no dia seguinte às críticas feitas pelo governo dos Estados Unidos e pela União Europeia às declarações anteriores sobre a política externa brasileira.

Em viagem do presidente brasileiro à China, Lula repetiu a tese de que ambos os países em guerra teriam responsabilidade pelo conflito. Também indicou que americanos e nações europeias são responsáveis pelo acirramento das hostilidades.

Lula tratou do assunto em encontro com o presidente da Romênia, Klaus Werner Iohannis, no Itamaraty. Ambos almoçaram e tiveram uma reunião bilateral.

-- Ao mesmo tempo em que meu governo condena a violação da integridade territorial da Ucrânia, defendemos uma negociação política negociada para o conflito. Falei da nossa preocupação com os efeitos da guerra, que extrapolam o continente europeu. Reiterei minha preocupação com as consequências globais desse conflito em matéria de segurança alimentar e energética, especialmente nas regiões mais pobres do país — disse Lula.

O presidente voltou a falar sobre o desejo de criar um grupo com países para discutir a paz e afirmou que ouviu "com muito interesse" as considerações do presidente da Romênia sobre a guerra. A Romênia compartilha mais de 600 km de fronteira com a Ucrânia.

Entre os temas tratados, Lula também citou questões ambientais e comerciais, reforçando a defesa por uma negociação política para o conflito, além de um convite para uma visita oficial à Romênia.

Em um brinde antes do almoço oferecido pelo presidente brasileiro ao romeno, Lula afirmou que os dois países têm potencial para ampliar o fluxo de comércio e investimentos em áreas diversas, como agricultura e produtos de defesa.

-- O Brasil é o maior fornecedor não europeu de alimentos para a Romênia, que por sua vez tem destacado desempenho da agricultura na Europa. São promissoras as possibilidades de intercâmbio entre a Embrapa e a Academia de Ciências Agrícolas e Florestais da Romênia -- afirmou Lula.

O chefe do Executivo brasileiro afirmou ainda que é possível "impulsionar o intercâmbio de produtos de defesa com possibilidade reais de cooperações científicas e tecnológicas".

Lula afirmou ainda que expôs ao presidente da Romênia que o Brasil tem interesse na conclusão do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia que seja "equilibrado e capaz de apoiar o projeto de reindustrialização e desenvolvimento do país. Além disso, Lula citou o "grupo de Amizade Brasil e Romênia", criado em março deste ano, como um instrumento de "aproximação" entre os dois países.

Sobre as questões ambientais, Lula afirmou que Brasil e Romênia compartilham a "urgência do enfrentamento dos desafios da mudança do clima" e que levou ao presidente Iohannis o interesse de realizar a Cop 30, em 2025, no Brasil.

-- A Romênia dispõe das mais extensas áreas de floresta nativa da Europa e compartilha da urgência do enfrentamento dos desafios da mudança do clima. Por isso, informei ao presidente da candidatura de Belém do Pará como sede da Cop 30 em 2025. Vamos mostrar ao mundo o compromisso do Brasil com o maior desafio da nossa geração.

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