Após dois dias de programação intensa na China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concluiu sua visita ao país nesta sexta-feira. Uma entrevista coletiva estava programada para acontecer na Embaixada do Brasil em Pequim ao final do dia, mas foi cancelada na última hora. O presidente só falou com os jornalistas na manhã de sábado (noite de sexta no Brasil), pouco antes de embarcar para os Emirados Árabes Unidos.
Relembre os momentos mais marcantes de Lula na China:
- Visita à Huawei: Lula visitou o showroom da gigante tecnológica chinesa Huawei, presente no Brasil há mais de duas décadas, mas cuja presença tornou-se tópico sensível nos últimos anos frente ao acirramento das tensões sino-americanas no setor de inovação.
- Óculos de VR: Na ocasião, a empresa fez uma apresentação “sobre 5G e soluções em telemedicina, educação e conectividade", e Lula experimentouum óculos de realidade virtual desenvolvido pela empresa. O presidente publicou uma foto do momento, mas depois apagou;
- Janja na cidade proibida: Enquanto Lula começou a sexta-feira com reuniões, Janja foi visitar a Cidade Proibida a convite do governo chinês. Nas redes, ela postou um vídeo de 50 segundos em que descreveu o lugar como "uma das mais interessantes obras arquitetônicas da China";
- Gafe de Haddad: O ministro da Fazenda disse que não conhece a chinesa Shein — empresa de comércio eletrônico que já domina 27% do e-commerce de roupas e calçados no Brasil e 5% de todo o varejo de vestuário no país —, apenas a Amazon, porque compra "todo dia um livro".
- Fala contra o dólar: em Xangai, Lula fez críticas ao uso do dólar como moeda global e voltou a defender que os países dos Brics — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — negociem em suas moedas, fugindo da dolarização;
- Recepção com Ivan Lins, "Aquarela do Brasil" e pão de queijo: os chineses recepcionaram o presidente Lula em Xangai ao som de "Aquarela no Brasil" e com pão de queijo no cardápio. Na chegada a Pequim, a banda militar reproduziu “Novo tempo”, de Ivan Lins;
- Falta de conclusão sobre Ucrânia: a declaração conjunta que encerrou a visita de Lula à China, defende o diálogo e a negociação para buscar o fim da Guerra na Ucrânia, mas o documento não detalha ações ou propostas, só indica que os países continuarão debatendo o assunto;
- Investimento da BYD: Lula também se reuniu em Xangai com o CEO da empresa de veículos elétricos BYD, Wang Chuanfu, que prometeu investir R$ 10 bilhões em carros elétricos no país.
- EUA incentivam guerra na Ucrânia: Na manhã deste sábado em Pequim (noite de sexta no Brasil), Lula afirmou ser preciso que os EUA "parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz".
Presidente Lula se encontra com Xi Jinping em Pequim
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