O parlamento da Letônia elegeu, nesta quarta-feira, como novo presidente do país o popular ministro das Relações Exteriores, Edgards Rinkevics, que se tornou o primeiro homossexual assumido a ocupar a presidência de uma das nações bálticas, que são ex-repúblicas soviéticas.
Em 2014, o político anunciou publicamente ser homossexual. A presidência da Letônia, onde o sistema de governo é o Parlamentarismo, tem funções primordialmente cerimoniais. Rinkevics recebeu 52 votos, apenas um a mais do que o necessário para ser eleito. O segundo colocado, o empresário Uldis Pilens, teve 25 votos.
— Farei tudo para que nosso Estado prospere, nosso país esteja seguro e nossa sociedade esteja mais unida — disse Rinkevics depois da eleição.
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O novo presidente da Letônia se tornou um forte apoiador da Ucrânia contra a invasão russa e crítico feroz do governo do presidente da Rússia Vladimir Putin. Rinkevics chefiava a chancelaria do país havia mais de uma década. A Letônia é uma ex-república soviética e integrante da Otan – a aliança de países da região do Atlântico Norte com os Estados Unidos. Os países bálticos — que incluem ainda Lituânia e Estônia — têm fronteiras com a Rússia e temem as ambições expansionistas de Moscou.
Em abril, a chancelaria da Letônia esteve envolvida em um incidente diplomático provocado pelo embaixador chinês na França que despertou a ira de países europeus. A China é tradicional aliada da Rússia. Em uma entrevista, o diplomata chinês questionou a soberania das nações formadas após a dissolução da União Soviética, ao responder a uma pergunta sobre a Crimeia, que fazia parte da Ucrânia e foi anexada à força por Moscou em 2014. Os governo da França e dos três países bálticos convocaram os embaixadores chineses e Pequim teve que se manifestar reiterando o reconhecimento da soberanias da ex-repúblicas soviéticas.
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