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Por Alice Cravo — Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o Papa Francisco na manhã desta quarta-feira. O presidente agradeceu a atuação do Pontífice pela paz na Ucrânia e pelo combate à pobreza, de acordo com nota do Palácio do Planalto.

"O presidente falou do esforço de retomar no Brasil o combate à pobreza e à fome e convidou o Santo Padre para fazer uma visita ao país. O Papa Francisco ficou de analisar o convite e a possibilidade de uma visita papal", afirma o governo.

Na conversa, Lula também agradeceu a atuação da Igreja Católica no Brasil pela preservação da Amazônia "contra as forças que atacam a floresta e as menções e solidariedade do Papa com o Brasil ao longo dos últimos anos", de acordo com o Planalto.

A expectativa é de que os dois tenham uma audiência no Vaticano em junho ou julho deste ano.

"Lula ainda relatou ao Papa suas conversas com outras lideranças em busca da paz na Ucrânia, e lamentou a escalada do conflito na região. O Papa aconselhou Lula que ele, pela autoridade conquistada ao longo de uma vida marcada pela coerência, tem autoridade para liderar", afirma a nota do governo.

Esse é o primeiro contato entre os dois desde que Lula assumiu o Palácio do Planalto. Em 2020, após Lula deixar a prisão, o Pontífice e o então ex-presidente se encontraram no Vaticano para uma reunião privada, na qual abordaram o combate à pobreza, pauta de peso para a agenda de Francisco e Lula.

Defesa da Paz

Em suas agendas internacionais, Lula tem falado sobre a necessidade de unir países que não estejam envolvidos com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia para discutir caminhos para a paz. O presidente também tem criticado os dois países por não estarem dispostos neste momento em negociar o fim da guerra.

— Só é possível discutir a paz quando o Zelensky e o Putin quiserem discutir a paz. Não é possível construir uma proposta em guerra. Queremos que primeiro parem os ataques, e depois a gente encontre uma saída negociada.

No encerramento de sua participação no G7, no Japão, Lula condenou a violação territorial da Ucrânia e afirmou que tem "repetido quase à exaustão que é preciso falar da paz". O presidente disse também que seu "medo" é a "possibilidade de uma guerra mais feroz, com arma mais poderosa".

— Condenamos a violação da integridade territorial da Ucrânia. Ao mesmo tempo, a cada dia em que os combates prosseguem, aumentam o sofrimento humano, a perda de vidas e a destruição de lares. Tenho repetido quase à exaustão que é preciso falar da paz — disse Lula.

Outras agendas

Nesta manhã, o presidente também recebeu o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, para uma reunião no Palácio do Planalto. Na terça-feira, Petro participou da cúpula com presidentes sul-americanos promovida por Lula no Palácio do Itamaraty para buscar caminhos de união e fortalecimento da região.

Há, ainda, um almoço previsto com o comando da Aeronáutica. Desde que assumiu o mandato, Lula tem marcado encontros do tipo para estabelecer pontes com os militares. Ele já esteve, por exemplo, no Quartel General do Exército para um almoço com o Alto Comando e já se reuniu também para uma almoço com almirantes da Marinha.

Na parte da tarde, Lula vai se reunir com a ministra do meio ambiente, Marina Silva, que está no foco de mais uma tensão entre governo e Congresso. O relatório do deputado Isnaldo Bullhões (MDB-AL), aprovado em comissão especial na última quarta-feira, alterou o desenho original de reestruturação da Esplanada feita por Lula e enfraqueceu as atribuições dos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas.

Nesta terça-feira, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o governo vai defender a aprovação da Medida Provisória de Reestruturação dos Ministérios da forma como está, embora admita que “não é o relatório ideal” para o governo.

A MP ainda precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até o dia 1º de junho, quando perde sua validade. Caso isso não ocorra, a Esplanada voltará a ter a estrutura montada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e Lula só poderá propor alterações no próximo ano.

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