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Por Alice Cravo — Brasília

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou ao Palácio do Planalto na manhã desta segunda-feira para uma reunião privada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em uma recepção que seguiu todos os trâmites de uma cerimônia oficial de visita de chefe de Estado. Após o encontro, os dois terão uma reunião com membros da comitiva do Maduro e do governo brasileiro, incluindo ministros.

O que Nicolás Maduro e Lula irão tratar em reunião?

Lula e Maduro também devem assinar um Memorando de Entendimento em matéria agroalimentar e um segundo sobre mecanismo de supervisão da cooperação bilateral. Há ainda a possibilidade de uma declaração conjunta. Do Planalto, os dois chefes de Estado seguem para o Itamaraty, onde o governo brasileiro oferece um almoço de recepção ao presidente venezuelano.

Até sexta-feira, não havia nada previsto além da participação de Maduro na cúpula com presidentes da América do Sul, organizada por Lula e que ocorrerá nesta terça-feira no Itamaraty.

No Twitter, Maduro comentou a visita:

"Meu encontro com o Presidente @LulaOficial é um fato histórico, transcendental e uma vitória da dignidade de nossos povos. O resgate e fortalecimento da união entre Brasil e Venezuela é o caminho correto que nos conduzirá ao desenvolvimento e integração da Pátria Grande".

Nicolás Maduro não vinha ao Brasil desde 2015

Maduro não vinha ao país desde 2015, quando participou da posse da ex-presidente Dilma Rousseff. Sua presença no país não era permitida desde agosto de 2019, quando uma portaria editada pelo então presidente Jair Bolsonaro proibia o ingresso no país do líder venezuelano e de outras autoridades do vizinho latino-americano.

No domingo, Maduro chegou à capital acompanhado da primeira-dama, Cilia Flores, e foi recebido no aeroporto pela secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, embaixadora Gisela Padovan.

Retomada da relação

Até o último dia do governo Bolsonaro, a diplomacia brasileira reconhecia o dirigente opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. O líder opositor chegou a ser reconhecido pelos Estados Unidos e mais 50 países, do início de 2019 até janeiro de 2023. Mas, após uma tentativa fracassada de tirar Maduro do poder a qualquer custo, o opositor acabou perdendo legitimidade interna e externamente. O Brasil era um dos poucos países que ainda o reconheciam.

No início de março, por iniciativa de Lula, uma pequena delegação liderada por Celso Amorim, assessor especial da Presidência, foi a Caracas para o primeiro encontro de alto nível do governo com Maduro.

Na época, segundo O GLOBO informou, Amorim foi até Caracas ter uma primeira conversa com o governo venezuelano sobre a situação política no país, a importância das eleições presidenciais de 2024, além de temas da relação bilateral, entre eles a dívida que o país tem com o Brasil de cerca de US$ 1 bilhão (dos quais 80% são com o BNDES).

Cúpula de presidentes

Na terça-feira, Maduro participa em Brasília da reunião com líderes dos 12 países da América do Sul proposta pelo presidente Lula. Na ocasião, segundo O GLOBO mostrou, o mandatário brasileiro deverá propor a criação de um mecanismo de integração, que poderia ser um organismo ou um fórum de debates.

A ideia é que os líderes da região discutam em conjunto medidas de integração, infraestrutura e cooperação em áreas como saúde, educação, proteção do meio ambiente, segurança alimentar e combate ao crime organizado nas fronteiras, sem colocar em pauta ideologias ou regimes políticos.

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