O presidente sérvio, Aleksandar Vucic, anunciou na sexta-feira um plano abrangente para retirar centenas de milhares de armas da população, após dois ataques que mataram um total de 17 pessoas, oito delas crianças em idade escolar. O último atentado, na noite de quinta-feira, deixou oito mortos e 14 feridos. Existem mais de 760 mil armas de fogo registradas no país de cerca de 6,8 milhões de pessoas.
O plano, segundo o presidente sérvio, incluiria uma revisão maciça de armas registradas. Ele acrescentou que fortes medidas também serão tomadas contra armas ilegais.
— Vamos prosseguir com um desarmamento quase completo da Sérvia— disse Vucic em entrevista coletiva ao vivo após o segundo incidente.
A posse de armas é alta na Sérvia, onde os estandes de tiro são populares, mas são necessárias licenças especiais para possuir armas de fogo. As guerras nos Bálcãs, durante a década de 1990, em meio à sangrenta dissolução da Iugoslávia, também deixaram um grande número de armas circulando na região.
O atentado desta quinta ocorreu perto de Mladenovac, onde o agressor de 21 anos abriu fogo com uma arma automática, de um veículo em movimento, contra um grupo de pessoas, fugindo em seguida. O suspeito foi preso horas depois. O ministro do Interior, Bratislav Gasic, garantiu que o ataque foi um "ato terrorista".
"Após uma extensa busca, membros do Ministério do Interior detiveram U.B., nascido em 2002 na região de Kragujevac, no centro da Sérvia", informou o ministério do Interior em comunicado. "Ele é suspeito de ter matado oito pessoas com uma arma automática e de ter ferido outras 14".
O incidente acontece apenas um dia depois que um estudante de 13 anos matou oito colegas e um segurança em uma escola primária de Belgrado, um ataque que chocou o país. Em abril de 2013, um morador da região de Mladenovac matou a tiros 13 familiares e vizinhos.
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