Primeira-dama venezuelana é chamada de 'primeira-combatente' e, tal como Janja, sofre críticas por influência no governo

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Para quem reclama do poder de Flores, Maduro já avisou que não se casou com uma submissa dona de casa, e sim com uma militante de esquerda. A primeira-dama tem carta branca para colocar ou tirar quem quiser: ela teria indicado alguns dos principais integrantes do governo venezuelano.

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Cilia Adela Gavidia Flores de Maduro tem 66 anos e, desde 2016, é deputada na Assembleia Nacional da Venezuela pelo seu estado natal de Cojedes. Cilia e Maduro já tinham um relacionamento desde a década de 1990, quando ela era advogada do então presidente venezuelano, Hugo Chávez, mas só se casaram em 2013.

Como advogada, a atuação de Flores — que é avessa à exposição midiática — foi considerada fundamental na libertação de Chávez, em 1994, após um golpe de Estado frustrado em 1992, que ele organizou. Anos depois, em 2002, o ex-presidente acabou sendo vítima de uma tentativa de golpe e, mais uma vez, ela teve uma atuação decisiva, o que lhe garantiu prestígio entre políticos e eleitores chavistas.

Na época, a primeira-dama presidia o Comando Político da Revolução Bolivariana e fazia parte do Comando Tático para a Revolução. Dias antes da tentativa de golpe, ela e outros integrantes do grupo chegaram a discutir o uso de paramilitares para defender Chávez no Palácio de Miraflores, o que acabou se confirmando.

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Cilia Flores já foi acusada de nepotismo por pessoas que alegavam a contratação de parentes próximos em seu gabinete. Defendeu-se dizendo que era vítima de uma campanha de difamação.