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Por O Globo com agências internacionais

O governo da Colômbia anunciou, nesta sexta-feira, que assinou o esperado acordo com o Exército de Libertação Nacional (ELN) para um cessar-fogo temporário de seis meses, durante negociações, em Havana, com a presença do presidente colombiano, Gustavo Petro, e do líder da guerrilha, Antonio García. O pacto inédito é o primeiro passo concreto da campanha pela "paz total" do presidente colombiano, que tem o fim da guerra de mais de meio século no país como principal bandeira de governo.

Ao assinarem o documento, as partes decidiram "fazer cumprir imediatamente os acordos de Cuba", entre os quais está "o cessar-fogo bilateral nacional e temporário", declarou ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, ao ler o texto no encerramento da terceira rodada da Mesa de Diálogos de Paz, na capital cubana.

A trégua será implementada progressivamente, em três etapas, com o fim de operações ofensivas previsto para 6 de julho e o início da plena vigência do cessar-fogo de 180 dias em 3 de agosto. Também em agosto começam a vigorar os mecanismos de monitoramento e verificação que serão negociados nos próximos dias. O documento prevê a criação de “um canal de comunicação entre as partes por meio do representante especial do secretário-geral das Nações Unidas na Colômbia”

Em um comunicado, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, parabenizou as partes pelo acordo. “São passos importantes que dão esperança ao povo colombiano, especialmente às comunidades mais afetadas pelo conflito”, afirmou Guterres.

Guerrilha mais antiga

O ELN é a guerrilha em atividade mais antiga da América Latina. Desde a campanha para a Presidência, Petro — um ex-guerrilheiro e o primeiro presidente colombiano de esquerda — declarava estar disposto a retomar as conversas com o ELN, após as “lições aprendidas com o acordo com as Farc”, assinado em 2016. Os guerrilheiros, por sua vez, sinalizaram "total disposição" para negociar desde que o presidente assumiu o poder.

No fim do ano passado, começaram as rodadas de conversas, com um encontro de representantes do governo e da guerrilha, na Venezuela. No último dia do ano, o governo colombiano chegou a anunciar que havia fechado o acordo de cessar-fogo por seis meses, mas a notícia foi rechaçada pelo ELN e as hostilidades continuaram.

Em fevereiro, após a segunda rodada de negociações, no México, o governo colombiano reconheceu o ELN como uma "organização política armada rebelde", em mais uma tentativa de fortalecer as chances de acordo. No mês seguinte, o ELN atacou uma base do Exército na zona rural do município de El Carmen, no que foi o incidente do tipo mais mortal desde que Petro chegou ao poder. Nove militares — sete soldados e dois suboficiais — morreram e outros oito ficaram feridos.

A retomada da violência imediatamente levantou dúvidas sobre o futuro das negociações e deixou em suspenso a realização deste terceiro ciclo de conversas em Cuba. Nos governos anteriores da Colômbia, outras tentativas de paz com o ELN fracassaram. Durante a presidência de Juan Manuel Santos (2010-2018) ocorreram negociações, mas o processo de diálogo foi interrompido pelo sucessor dele, Iván Duque (2018-2022), depois que membros do grupo armado atacaram uma escola de cadetes, em Bogotá, com um carro-bomba, em 2019.

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