Grupo de ativistas radicais de esquerda é condenado por ataques violentos contra neonazistas na Alemanha

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Lina E., uma mulher de 28 anos e líder do grupo, foi condenada a cinco anos e três meses de prisão por associação criminosa e agressão. Os outros três membros do grupo, identificados como Lennart A., de 28 anos, Jannis R., de 37 anos, e Philipp M., de 28 anos, foram considerados cúmplices e receberam penas de até três anos, segundo a Associated Press. Os nomes completos dos condenados foram mantidos sob sigilo.

O grupo, que não tem uma denominação formal nem uma estrutura organizacional definida, utilizava máscaras e usava martelos e porretes para atacar indivíduos identificados como neonazistas ou pessoas supostamente ligadas à extrema direita. A maioria das vítimas agredidas pelo grupo acabou sendo hospitalizada com fraturas. Em um dos casos, entretanto, um dos agredidos alegou não ter ligação com grupos de extrema direita.

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A prisão de Lina E. ocorreu em novembro de 2020 em sua residência em Leipzig, no Leste da Alemanha, sob as acusações de formação de quadrilha e lesão corporal. Segundo informações obtidas pelo The Guardian, especula-se que pelo menos outros cinco indivíduos ligados à rede de combate aos neonazistas, incluindo o parceiro de Lina E., ainda estejam ativos de forma clandestina.

Durante o julgamento, iniciado em setembro de 2021, Lina E. se tornou uma figura icônica nos círculos anarquistas e de esquerda na Alemanha, sendo comparada a Ulrike Meinhof, jornalista e guerrilheira que liderava a Fração do Exército Vermelho (RAF, na sigla em alemão), também conhecida como Grupo Baader-Meinhof, nos anos 1970. Um dos grupos extremistas mais notórios da Europa após a Segunda Guerra Mundial, seus membros se caracterizavam como um movimento de guerrilha urbana comunista e anti-imperialista, envolvidos em uma resistência armada contra o que consideravam um "Estado fascista".

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A frase "Libertem Lina" é comum em pichações em muros de Berlim, Dresden e Hamburgo, onde também se arrecadam recursos para ajudar a cobrir os custos de defesa no processo.

A presença de Lina E. no tribunal em Dresden, Leste alemão, foi marcada por uma atmosfera tensa, com aproximadamente 100 apoiadores aplaudindo sua entrada na Corte, forçando o juiz a exigir silêncio para que pudesse proferir a sentença, informou a Deutsche Welle. Durante o julgamento, alguns deles gritavam "amigos dos fascistas!", em uma crítica à morosidade do sistema judicial alemão em relação a crimes cometidos por neonazistas.