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Por Eliane Oliveira — Brasília

Um encontro de velhos conhecidos. Assim resumiu um interlocutor do governo brasileiro a ida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Vaticano, na próxima quarta-feira. Lula conversará com o Papa Francisco sobre políticas sociais, como medidas de combate à fome e à pobreza, aquecimento global, e reforçará sua proposta de criação de um plano de paz que ponha fim à guerra entre Rússia e Ucrânia.

O presidente conhece o Papa há mais de 20 anos, quando ele, ainda Jorge Mario Bergoglio, era cardeal em Buenos Aires. Com a ajuda do amigo e presidente argentino, Alberto Fernández, Lula foi ao Vaticano em dezembro de 2020, cerca de um mês depois de deixar a prisão em Curitiba, onde passou 19 meses, e manteve uma reunião privada de uma hora com Francisco. Os temas tratados foram a fome, a desigualdade social e a intolerância.

No fim do mês passado, Lula conversou por telefone com o Papa e convidou o religioso para visitar o Brasil. Uma viagem do Pontífice vai depender do seu estado de saúde. Recentemente, ele passou por uma cirurgia para retirada de uma hérnia da parede abdominal, da qual recebeu alta nesta sexta-feira.

Lula vai a Roma a convite do Vaticano. Passará dois dias na Itália, 20 e 21, antes de seguir para a França. Mas não é esperada a assinatura de acordos de cooperação, disse um graduado diplomata. O encontro terá um caráter político, tanto para o público interno quanto para a comunidade internacional.

— A visita de um presidente brasileiro ao Vaticano é sempre sinal de prestígio político, dada a importância que a religião católica tem no Brasil, especialmente no Nordeste, apesar do crescimento dos pentecostais — disse Virgílio Arraes, professor de História das Relações Internacionais da Universidade de Brasília.

Arraes, que publicou o doutorado "A Santa Sé na Guerra Fria", lembrou que Francisco é o primeiro Papa sul-americano, o que faz com que tenha um conhecimento melhor sobre a realidade do continente. E é bastante familiarizado com temas como o meio ambiente, a reforma agrária, a defesa dos povos indígenas, a fome e o combate à pobreza.

— O Papa Francisco não tem uma agenda diferente da de outros papas, mas dá uma ênfase especial aos problemas que tocam a Igreja Católica — ressaltou o acadêmico.

Outro Papa que esteve presente em momentos da vida de Lula foi João Paulo II, com quem manteve dois encontros. A primeira vez, em 1980, quando era sindicalista e o Pontífice esteve no Brasil. A segunda vez foi em 1989.

Lula se reuniu duas vezes com o Papa Bento XVI no Vaticano, em 2007 e 2008. No último encontro, o presidente brasileiro revelou aos jornalistas que pensava em indicar sua então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, como sua sucessora na Presidência da República.

Também em Roma, Lula tem encontros previstos com o presidente italiano, Sergio Mattarella, e o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri. Em seguida, no dia 22 de junho, o presidente viajará para a França, onde ficará dois dias.

Em Paris, Lula fará um discurso na plenária final da Cúpula sobre o Novo Pacto Financeiro Global. Ele cobrará dos países desenvolvidos mais espaço às nações em desenvolvimento na tomada de decisões internacionais e pedirá mais pressa na reforma do sistema financeiro mundial.

Está ainda previsto um encontro bilateral entre Lula e o presidente da França, Emmanuel Macron. O acordo entre Mercosul e União Europeia deve fazer parte da pauta, uma vez que os franceses estão entre os mais resistentes para que o tratado seja aprovado.

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