Enquanto os olhares do mundo se voltam para as tentativas de pressão diplomática de Volodymyr Zelensky para ingressar na Otan e esperam para um sinal mais claro da reação de Vladimir Putin após o motim dos mercenários do Grupo Wagner, os combates na linha de frente da guerra na Ucrânia continuam a cobrar um alto preço em munições e vidas.
Além de enfrentar o poderoso Exército russo, a Ucrânia luta também contra o terreno, enquanto tenta emplacar uma esperada contraofensiva. Três semanas depois de lançar o esforço militar pré-anunciado para este verão do Hemisfério Norte, Kiev fez pouco progresso em direção a uma de suas principais linhas de ataque no sul do país (veja o infográfico abaixo).
O prolongamento da guerra já causa uma série de problemas logísticos para Kiev. Financiadores independentes que enviaram dinheiro e suprimentos para os batalhões na linha de frente no primeiro ano de guerra começam a diminuir os repasses.
Da Otan, principal fornecedor de tecnologia militar para o lado ucraniano, a capacidade de produção de munições e armamentos — consumidos em um ritmo frenético no front — forçou os Estados Unidos, de acordo com a Casa Branca, a autorizar o envio de bombas de fragmentação, proibidos em mais de 100 países, para evitar que Kiev ficasse desmuniciada.
"Ajuda militar indispensável, vasta e oportuna", reagiu o presidente ucraniano nas redes sociais na noite de sexta-feira após o anúncio dos EUA. Zelensky agradeceu a Biden por tomar "medidas decisivas" para "aproximar o seu país" "da paz".
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