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Por O Globo — Rio de Janeiro

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou o envio de bombas de fragmentação para a Ucrânia. A decisão, um triunfo para o país do Leste Europeu, separa os americanos de vários de seus aliados mais próximos, que assinaram um tratado internacional que proíbe o uso, armazenamento ou transferência dessas armas. Entenda abaixo como elas funcionam.

As bombas de fragmentação ou cluster são armas que, quando disparadas, se abrem e dispersam centenas de munições menores. Essas sub-bombas explodem ao entrar em contacto com qualquer alvo, mas, quando não detonam no impacto, se tornam numa espécie de minas que são um risco para os civis mesmo depois de terminados os conflitos.

Etapas de acionamento da bomba de fragmentação — Foto:  Editoria de Arte
Etapas de acionamento da bomba de fragmentação — Foto: Editoria de Arte

Em março de 2022, o Exército russo foi acusado de usar bombas de fragmentação contra civis durante a invasão da Ucrânia, quando a guerra estava apenas em seu sexto dia. Esse tipo de armamento é proibido por meio de tratado internacional, em vigor desde 2010, com a adesão de mais de 100 países. No entanto, a lista não inclui Rússia, EUA, Ucrânia e Brasil.

O foguete é liberado com milhares de explosivos dentro. Ainda no ar, soltam as bombas, que se espalham. As bombas que caírem, mas não detonarem, podem acabar se tornando minas — Foto: Editoria de Arte
O foguete é liberado com milhares de explosivos dentro. Ainda no ar, soltam as bombas, que se espalham. As bombas que caírem, mas não detonarem, podem acabar se tornando minas — Foto: Editoria de Arte

Munições brasileiras

Em 2016, a Human Rights Watch denunciou que as forças da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita no Iêmen dispararam bombas de fragmentação de fabricação brasileira em um ataque que feriu duas crianças. Na época, a ONG relatou o uso de sete tipos de munições do tipo fabricadas nos Estados Unidos, no Reino Unido e no Brasil.

O ataque ocorreu um dia depois que o Iêmen, Arábia Saudita, Brasil e os Estados Unidos se abstiveram de votar na Assembleia Geral das Nações Unidas uma medida reafirmando uma proibição internacional já amplamente aceita e difundida de utilização de bombas de fragmentação. A medida foi aprovada de forma esmagadora.

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