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Por Paola de Orte, Especial Para O Globo — Bruxelas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta segunda-feira de uma reunião com representantes do governo da Venezuela e da oposição no país em Bruxelas, às margens da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com a União Europeia (UE). Do lado do governo, estava a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodriguez e, do lado da oposição, Gerardo Blyde.

No encontro, oposição e governo discutiram a possibilidade de um acordo para a realização das eleições de 2024 e o levantamento de sanções impostas sobre a Venezuela. Lula ouviu os dois lados presentes e falou sobre a importância de a Venezuela ter um processo eleitoral reconhecido por todas as partes. Segundo o presidente, "só os venezuelanos podem resolver o problema do país".

Além de Lula, estavam presentes o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro. Do lado europeu, estava o presidente francês Emmanuel Macron.

Um dos temas levantados foi a possibilidade de um acordo interno para se falar sobre a suspensão das sanções impostas sobre a Venezuela após o reconhecimento internacional de Juan Guaidó como presidente venezuelano país por mais 50 países, incluindo o Brasil, do início de 2019 até janeiro de 2023. Após uma tentativa fracassada de tirar Nicolás Maduro do poder a qualquer custo, no entanto, o opositor acabou perdendo legitimidade interna e externamente.

A avaliação é que houve mudanças no contexto político regional com a eleição de Lula no Brasil, Petro na Colômbia e o fim do governo de Donald Trump, nos EUA, e que seria então preciso aproveitar uma janela de oportunidade para trazer a Venezuela “de volta à normalidade” interna e externamente.

Na semana passada, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, anunciou que o país não vai autorizar a presença de observadores da UE nas eleições presidenciais de 2024.

O anúncio é um retrocesso na tentativa de aproximação do regime de Maduro com a comunidade internacional. Depois de 15 anos, a UE enviou uma missão em 2021 para acompanhar as eleições regionais, quando identificou melhoras nas práticas eleitorais, embora tenha feito ressalvas sobre problemas a superar. Os observadores apresentaram 23 recomendações, entre as quais a melhora da autonomia da autoridade eleitoral e o fim das inabilitações de políticos de oposição.

A UE também expressou “preocupação” com a proibição de exercer cargos públicos imposta por 15 anos a María Corina Machado, principal pré-candidata de oposição. A ex-deputada, que há anos é forte opositora do chavismo, aparecia com mais de 50% das intenções de votos nas primárias de oposição, marcadas para outubro, à frente do candidato Henrique Capriles, mais moderado — e também inabilitado — e tem arrastado multidões nos atos que promove pelo país.

O bloco europeu tem enfatizado a necessidade de uma solução “pacífica e democrática” para as tensões políticas na Venezuela, por meio de eleições presidenciais “com credibilidade”, em 2024.

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