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Por Janaína Figueiredo

Os presidentes do Brasil, França e Colômbia se reunirão nesta segunda-feira com representantes do governo e da oposição da Venezuela em Bruxelas, no âmbito da cúpula de chefes de Estado da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia (UE), confirmou ao GLOBO uma fonte de um dos governos envolvido no encontro. A conversa tem o objetivo, disse a mesma fonte, de criar condições para um diálogo entre o governo do presidente Nicolás Maduro e seus opositores, em momentos em que o país está iniciando um longo processo eleitoral, que terminará com a disputa pela Presidência do país em 2024.

Além dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Emmanuel Macron e Gustavo Petro, participarão da reunião em Bruxelas o opositor Gerardo Blyde, um dos dirigentes que representa a oposição no processo de diálogo — suspenso desde o final do ano passado — no México, e a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, mais alta autoridade do país na cúpula.

O diálogo no México acontece com mediação do governo da Noruega. No ano passado, Paris foi cenário de uma reunião similar a que acontece nesta segunda em Bruxelas, na qual esteve, entre outros, o presidente da Colômbia. Lula não tinha assumido ainda, e o Brasil não esteve representado — embora, na época, tenham acontecido contatos entre o governo Macron e o então governo eleito do Brasil.

Nas últimas semanas, o governo Lula manteve contatos com representantes do governo chavista e da oposição, e foi um forte promotor da conversa que acontecerá nesta segunda no âmbito da cúpula — e que oficialmente foi convocada pelo governo francês. O governo brasileiro não participa diretamente do diálogo entre chavismo e oposição, mas existe por parte de vários países, entre eles os Estados Unidos de Joe Biden, a expectativa de que Lula ajude a resolver a crise venezuelana. Representes dos governos do Brasil e dos EUA conversaram sobre a situação da Venezuela nas últimas semanas.

O processo eleitoral venezuelano tem sido conturbado. Recentes decisões de autoridades venezuelanas, entre elas a inabilitação da pré-candidata opositora Maria Corina Machado, foram questionadas por vários governos da região, entre eles os do Chile e Colômbia. O governo Lula não se pronunciou, mas, nos bastidores, acompanha de perto a situação e fala com os dois lados. Que a Venezuela tenha uma eleição presidencial limpa, justa e transparente em 2024 é do maior interesse do Brasil, disseram fontes do governo. Um dos principais objetivos da política externa do atual governo, enfatizou a fonte, é que a Venezuela tenha um processo de transição democrática bem sucedido, com participação de todos os setores políticos, além do reconhecimento internacional.

Um setor da oposição venezuelana está organizando primárias, com data marcada para 22 de outubro, mas nem todos os candidatos da oposição participação da disputa interna. Uma das incógnitas que paira no país é o que acontecerá se a vencedora for, como indicam várias pesquisas no país, Machado, agora inabilitada. A pré-candidata afirmou em entrevista ao GLOBO que quem a habilita ou deixa de habilitar é o povo venezuelana, e não Maduro. Mas sua situação é incerta.

Outro candidato que está na corrida pela oposição é Henrique Capriles, também inabilitado mas que, segundo rumores que circulam em Caracas, poderia obter sua habilitação nos próximos meses. A oposição venezuelana tem mais de dez candidatos, e uma das apostas do governo chavista é que a oposição chegue dividida ao pleito, e isso facilite a eventual reeleição de Maduro.

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