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Por AFP — Pequim

A secretária de Comércio americana, Gina Raimondo, anunciou nesta segunda-feira a criação de um grupo de trabalho entre China e Estados Unidos para discutir temas ligados ao comércio e investimento nas duas maiores economias do mundo. O acordo foi fechado durante negociação em Pequim com o ministro chinês do Comércio, Wang Wentao. Um comunicado divulgado em Washigton explica que “o grupo de trabalho vai se reunir duas vezes ao ano a nível vice-ministerial e que os EUA serão a sede da primeira reunião, no início de 2024”.

Nesta segunda, durante a visita à capital chinesa, Gina Raimondo, afirmou que é "profundamente importante" que Estados Unidos e China tenham uma relação comercial estável, no momento em que as duas potências mundiais tentam reduzir as tensões bilaterais. Raimondo é a quarta funcionária de alto escalão do governo de Joe Biden que viaja à China este ano, desde o início da reaproximação entre os dois países, após um período de meses de escalada de tensão diplomática e militar. Há a expectativa de que as visitas resultem no agendamento de uma reunião entre o presidente Biden e o líder chinês Xi Jinping.

— Bem-vinda. É um grande prazer iniciar este diálogo para coordenar as áreas da economia e comércio — declarou o ministro chinês do Comércio, Wang Wentao, a Gina Raimondo. Os dois se reuniram com suas respectivas equipes, segundo as imagens divulgadas pela emissora estatal CCTV.

"Nós compartilhamos 700 bilhões de dólares em comércio e eu concordo com você que é profundamente importante que tenhamos uma relação econômica estável", disse a secretária americana ao ministro chinês, segundo um comunicado divulgado pelo Departamento de Comércio."É uma relação complicada, uma relação desafiadora", acrescentou, completando: "nós vamos, é claro, discordar em algumas questões, mas acredito que podemos estabelecer progressos se formos diretos, abertos e práticos".

Gina Raimondo desembarcou no domingo em Pequim e foi recebida por Li Feng, diretor do ministério do Comércio para América e Oceania, além do embaixador americano na China, Nicholas Burns. A secretária também pretende visitar a capital econômica chinesa, Xangai.

As relações entre Estados Unidos e China estão no pior nível em várias décadas, em grande parte devido às restrições comerciais americanas. Washington afirma que as limitações são cruciais para proteger a segurança nacional, mas Pequim considera as medidas uma tentativa de travar o avanço econômico chinês. Biden promulgou este mês uma ordem executiva para restringir determinados investimentos americanos em alguns setores de alta tecnologia da China, o que Pequim chamou de "antiglobalização". As medidas, que devem entrar em vigor no próximo ano, afetam setores como os semicondutores e a Inteligência Artificial.

"Acreditamos que uma economia chinesa forte é uma coisa boa", declarou Gina Raimondo, em um aceno amistoso. A secretária americana do Tesouro, Janet Yellen, também tentou acalmar as autoridades chinesas durante uma visita em julho a Pequim, quando prometeu que qualquer nova medida seria aplicada de forma transparente.

Em junho, o secretário de Estado, Antony Blinken, também viajou a Pequim, onde se reuniu com Xi Jinping e apontou para o que chamou de avanços em vários temas que registram divergências. Um mês depois, o enviado do governo americano para o Clima, John Kerry, também esteve na China.

No entanto, na prática não se viu grandes avanços, de acordo com analistas. E um recente encontro de cúpula em Camp David entre Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, com o objetivo claro de fazer frente a Pequim, recebeu duras críticas de autoridades chinesas. Depois do encontro com o presidente sul-coreano e o primeiro-ministro japonês, Biden insistiu que ainda espera ter uma reunião este ano com Xi Jinping.

Biden convidou Xi para o encontro do fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, em novembro, em San Francisco. Também há possibilidade de os dois líderes se reunirem em setembro em Nova Delhi, durante o encontro de cúpula do G20.

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