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Por O Globo — Genebra

Mais de 1.300 escolas foram totalmente destruídas em áreas controladas pelo governo da Ucrânia desde a invasão russa em 2022, e outras foram seriamente danificadas, informou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), nesta terça-feira, alertando que os ataques contínuos e o baixo nível de matrículas nos países de acolhimento põem em risco a educação dos 6,7 milhões de crianças e adolescentes ucranianos em idade escolar.

“Na Ucrânia, os ataques às escolas continuam, deixando as crianças profundamente angustiadas e privadas de locais seguros para aprender”, afirma Regina de Dominicis, diretora regional do Unicef para a Europa e Ásia Central. “Isso não só deixou as crianças da Ucrânia com dificuldades em progredir na sua educação, mas também a não esquecerem o que aprenderam quando as suas escolas funcionavam normalmente.”

De acordo com os dados mais recentes, até 57% dos professores relataram uma deterioração nas competências linguísticas dos alunos, 45% nas competências matemáticas e 52% nas competências em línguas estrangeiras. O levantamento também mostra que apenas um terço dos estudantes ucranianos conseguiram prosseguir com os estudos de forma 100% presencial, um terço de maneira híbrida e o restante foi forçado a fazê-lo de forma remota.

A guerra se seguiu ao hiato de dois anos causado pela pandemia de Covid-19, o que significa que algumas crianças ucranianas estavam enfrentando um quarto ano letivo consecutivo de interrupções quando voltaram às aulas esta semana após as férias de verão, acrescenta o Unicef.

As crianças ucranianas que fugiram do país também são afetadas pela guerra, afirma o Unicef. Mais de metade delas não está matriculada no sistema escolar do país de acolhida, devido à barreira linguística, às dificuldades de transporte e à falta de espaço nas escolas locais, alerta a agência.

Diante da situação, algumas famílias tentam fazer com que os seus filhos acompanhem as aulas à distância, mas "algumas crianças refugiadas podem ter abandonado completamente os estudos", afirma a agência da ONU.

"Em tempos de crise ou de guerra, as escolas significam muito mais do que um local de ensino", sublinha Dominicis. “[Elas] podem proporcionar às crianças, que já enfrentam perdas, deslocamentos e violência, uma sensação de rotina e segurança, a oportunidade de fazer amigos e receber ajuda de professores.”

A escola também pode melhorar a alimentação, facilitar o acesso a vacinas e fornecer outras ajudas, acrescenta.

A agência trabalha com parceiros locais e internacionais, tanto na Ucrânia como nos países de acolhida, para melhorar o acesso à educação por meio da renovação de escolas e da organização de aulas de reforço. O objetivo é ajudar, no próximo ano letivo, 300 mil crianças ucranianas que correm o risco de perder conhecimento adquirido. (Com AFP)

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