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Por O Globo e agências internacionais — Varsóvia

O governo da Polônia anunciou na quarta-feira que interromperá o fornecimento de ajudas militares à Ucrânia para armar seu próprio Exército, uma suspensão que acontece após protesto de Kiev à decisão de Varsóvia de proibir a venda de grãos ucranianos, que passaram a inundar a Polônia após o rompimento pela Rússia do acordo de exportação de cereais através do Mar Negro.

— A Ucrânia está se defendendo de um brutal ataque por parte da Rússia, e entendo essa situação. Mas, como disse, vamos defender nosso país. Não transferiremos mais armas à Ucrânia porque agora estamos armando a Polônia — disse o premier polonês, Mateusz Morawiecki, que vinha sendo um dos apoiadores mais resolutos de Kiev no conflito contra Moscou. Fomos os primeiros a fazer muito pela Ucrânia, e é por isso que esperamos que entendam nossos interesses.

A decisão da Polônia de não fornecer mais armas pode representar um duro golpe na contraofensiva ucraniana, que registra avanços apenas modestos. Nesta quinta, o porta-voz do governo polonês, Piotr Muller, declarou que "a Polônia cumprirá apenas as entregas de munição e armamento previamente acordadas".

Além de seus próprios envios, a Polônia também é um país de trânsito fundamental para o armamento que os EUA e outros aliados ocidentais direcionam para a Ucrânia. O país também acolhe quase um milhão de refugiados ucranianos, que se beneficiaram de diferentes tipos de ajuda do governo.

Acordo de grãos

As relações entre Ucrânia e Polônia vêm se deteriorando há várias semanas por causa do embargo aos grãos. O governo polonês quer manter os cereais ucranianos fora de suas fronteiras para proteger os agricultores do país, que constituem uma importante base eleitoral. A Polônia irá às urnas para eleições parlamentares em 15 de outubro, e as pesquisas mostram uma redução do apoio ao partido de extrema direita Lei e Justiça (PiS), que comanda a Polônia desde 2015.

— É claro que respeitamos todos os seus problemas, mas, para nós, o interesse dos nossos agricultores é o mais importante — deixou claro o premier polonês.

O ministério da Agricultura da Ucrânia anunciou, nesta quinta, negociações com a Polônia "nos próximos dias" para resolver a disputa sobre as exportações de cereais.

Eslováquia e Hungria adotaram medidas análogas contra os grãos ucranianos, mas a primeira anunciou um acordo com Kiev nesta quinta-feira para criar um sistema de licenças comerciais para os cereais, o que permitirá a revogação do veto ainda neste ano.

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