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Por O Globo e agências internacionais — Kiev

O Kremlin disse nesta terça-feira que os tanques Abrams dos Estados Unidos entregues à Ucrânia não mudariam o curso da ofensiva e iriam "queimar" na linha de frente da guerra.

— Tudo isso não pode de forma alguma afetar a essência da operação militar especial, seu resultado. Não existe panaceia, nenhuma arma única que possa mudar o equilíbrio de poder no campo de batalha — disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. — Eles também vão queimar.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou nesta segunda-feira a chegada ao seu país dos primeiros tanques americanos Abrams, com os quais o seu exército espera dar um novo impulso à contraofensiva contra as tropas russas.

"Boas notícias do (ministro da Defesa Rustem) Umerov. 'Os Abrams já estão na Ucrânia e estão se preparando para reforçar nossas brigadas'", disse Zelensky em comunicado nas redes sociais.

Considerado o principal tanque dos Estados Unidos, esse tipo de veículo altamente tecnológico é equipado com um canhão de 120 milímetros, projetado para destruir outros tanques. Com mais de 60 toneladas e construído para andar sobre esteiras, em vez de rodas, o Abrams suporta travessias em terrenos acidentados, intransitáveis para caminhões, por exemplo.

M1 Abrams é um tanque americano que será utilizado pelos ucranianos — Foto: AFP/Editoria Arte
M1 Abrams é um tanque americano que será utilizado pelos ucranianos — Foto: AFP/Editoria Arte

O casco desse tipo de veículo, que opera desde 1980, é revestido de blocos de blindagem sofisticados, destinados a oferecer um grau de proteção contra ataques diretos de tiros e mísseis inimigos. Nas versões modernas, há ainda camadas de armadura de urânio que garantem uma proteção maior para os soldados que estão na parte de dentro.

Washington resistia ao envio do equipamento, alegando que seus Abrams — os tanques mais modernos do arsenal americano — consomem muita gasolina, têm manutenção custosa e seria muito difícil abastecê-los no campo de batalha. Contudo, em janeiro, a imprensa americana noticiou que Washington havia se convencido de que os americanos precisariam ceder para convencer Berlim a autorizar o envio de tanques Leopards.

Segundo o presidente americano Joe Biden disse à época, os "tanques são evidência do nosso compromisso sólido e inabalável com a Ucrânia e da nossa confiança nas habilidades das forças ucranianas".

— Essa não é uma ameaça ofensiva à Rússia — disse Biden, ao lado do secretário de Defesa, Lloyd Austin, e do secretário de Estado, Antony Blinken. — Não há ameaça ofensiva à Rússia. Se as tropas russas retornarem para a Rússia, onde pertencem, essa guerra terminaria hoje.

Os 31 Abrams, equivalente a um batalhão ucraniano, seriam comprados diretamente do fabricante e mandados para Kiev. Fontes do governo enfatizaram ao Washington Post que o envio faz parte de uma estratégia a longo prazo para o Exército de Kiev, ao invés de algo imediato.

O transporte dos tanques até o campo de batalha pode ser complexo, e o treinamento para que os soldados ucranianos fiquem aptos a operá-los também deve levar algumas semanas.

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