O Prêmio Nobel da Paz, concedido desde 1901 e que será anunciado nesta sexta-feira, é um dos cinco prêmios instituídos em seu testamento pelo químico e industrial sueco Alfred Nobel (1833-1896). Este ano, a Fundação Nobel anunciou que os vencedores do Prêmio Nobel passarão a receber 11 milhões de coroas suecas, e não 10 milhões, como nos anos anteriores, o equivalente a R$ 4,8 milhões.
No mês passado, a instituição afirmou que era financeiramente viável aumentar o valor em 1 milhão de coroas suecas. A moeda recentemente atingiu seu nível mais baixo em relação ao euro e ao dólar americano.
Nobel, inventor da dinamite, estava profundamente preocupado pelos horrores da guerra após comprovar os efeitos do explosivo no conflito franco-prussiano e quis que um de seus prêmios fosse dedicado "a pessoa ou entidade que mais ou melhor tenha contribuído à aproximação dos povos, à supressão ou redução dos exércitos permanentes e à promoção de congressos pela paz".
Constituída a Fundação Nobel, os prêmios foram concedidos pela primeira vez em 1901, cinco anos após a morte de seu criador. Ele é outorgado por um comitê de cinco pessoas escolhidas pelo Parlamento norueguês. Ao longo dos anos, no entanto, a concessão do Nobel da Paz levantou várias críticas e polêmicas em torno da personalidade e dos antecedentes da pessoa escolhida.
Só uma pessoa o rejeitou: o vietnamita Le Duc Tho. Ele justificou a negativa afirmando que, quando lhe foi outorgado o prêmio, em 1973, ainda não tinha ainda conseguido a paz em seu país, o Vietnã do Norte. Naquele ano, o prêmio também foi concedido ao então secretário de Estado americano Henry Kissinger. Mais tarde, uma investigação da CIA comprovou suas implicações no golpe de Estado de Augusto Pinochet, no Chile, no mesmo ano em que ele recebeu o título.
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