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Por AFP

Milhares de foguetes foram lançados no sábado a partir da Faixa de Gaza contra Israel, segundo o braço armado do Hamas, que declarou ter lançado a operação “Dilúvio de Al-Aqsa”. O exército israelense afirmou que um "número indeterminado de terroristas" se infiltrou no território a partir da Faixa de Gaza.

De acordo com autoridades médicas da Faixa de Gaza, em informação dada a agências de notícias, foram confirmadas 232 vítimas fatais no enclave palestino. O Ministério da Saúde israelense informou a imprensa local que 250 cidadãos israelenses foram vitimados de forma fatal. Tel Aviv informa ainda que 900 pessoas ficaram feridas no país e os médicos em Gaza dizem que 1.610 palestinos estão sendo atendidos em hospitais. Os números, no entanto, alertam autoridades, devem aumentar.

Após os ataques, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que seu país está em guerra contra o Hamas:

— Estamos em guerra e vamos vencer. O inimigo pagará um preço que nunca conheceu — diz Netanyahu, em mensagem de vídeo divulgada nas redes sociais.

O primeiro-ministro classificou o ataque surpresa do Hamas como "criminoso" e anunciou ter ordenado "uma ampla mobilização" de reservistas. O pesquisador sênior do Instituto para Estudos de Segurança Nacional, Kobi Michael, destaca ser esta a primeira vez que Netanyahu decretou guerra oficialmente contra o Hamas, e a primeira declaração oficial de guerra do país desde 1973. Nimrod afirma que ainda é preciso esperar, no entanto, pronunciamento oficial do Exército.

– Há uma diferença entre declarar guerra e o as Forças de Defesa decretarem o alerta de estado de guerra. Netanyahu afirmou que estamos em guerra, mas há também um processo formal de tomada de decisão para decretá-la. – diz Nimrod.

“Decidimos pôr fim a todos os crimes da ocupação, o tempo de violência (de Israel) sem responsabilização acabou”, declarou o Hamas. “Anunciamos a Operação Al-Aqsa Deluge e disparamos, no primeiro ataque de 20 minutos, mais de 5 mil foguetes.” Israel, no entanto, afirma que foram disparados 2.200 foguetes em direção ao país.

“O Hamas cometeu um erro grave esta manhã e iniciou uma guerra contra o Estado de Israel”, afirmou o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, num comunicado, acrescentando que as tropas israelenses “já estão lutando contra o inimigo”.

Os foguetes foram lançados de vários locais de Gaza a partir das 06h30 (03h30 GMT) deste sábado e continuaram quase meia hora depois, indicou o repórter da AFP. “Os residentes da Faixa de Gaza foram 'convidados' a permanecer em suas casas”, disse o exército israelense em outro comunicado.

As forças armadas israelenses relataram a ativação de sirenes no sul do país, enquanto a polícia pedia à população que permanecesse perto de abrigos antiaéreos. Israel mantém um duro bloqueio contra a Faixa de Gaza desde que o grupo militante Hamas assumiu o poder na região, em 2007. Desde então, ocorreram vários conflitos entre militantes palestinos e Israel.

A AFP também confirmou que centenas de cidadãos da Faixa de Gaza abandonaram este sábado as suas casas para se afastarem das zonas fronteiriças com Israel, depois da ofensiva do Hamas ter sido lançada.

Infiltração foi feita com ajuda de parapentes

O exército israelense informou que reagiu a inédita invasão do Hamas por terra, mar e ar também contou com o uso de parapentes.

— Foi um ataque combinado, que contou com o uso de parapentes —, disse o porta-voz do exército israelense, tenente-coronel Richard Hecht, a repórteres. — Neste momento combatemos (os palestinos) em diferentes pontos da Faixa de Gaza (…) e em Israel. E sim, há feridos.

Em resposta à ofensiva do Hamas, o exército israelense iniciou ataques aéreos na Faixa de Gaza. Em comunicado, as forças armadas informaram que “dezenas” dos seus caças estavam “atacando vários alvos” do Hamas no enclave costeiro.

Israel: milhares de reservistas serão convocados

O porta-voz se recusou no entanto a comentar relatos de que cidadãos israelenses foram capturados por combatentes palestinos. Disse ainda que milhares de reservistas serão convocados para operar em Gaza, bem como no norte do país, perto das fronteiras com o Líbano e a Síria, e na Cisjordânia ocupada.

— Estamos procurando por toda parte (...) isso (a ofensiva) é algo grande —, alertou o porta-voz.

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