Os muitos conflitos entre o grupo extremista Hamas e Israel alavancaram o desenvolvimento de seus respectivos arsenais. Desde a década de 1990, a produção de mísseis e foguetes aumentou. Iniciados no último sábado, os ataques terroristas do Hamas deixaram até a manhã desta quarta-feira mais de 2 mil mortos (cerca de 900 no lado palestino e 1.200 no lado israelense). Por anos investindo em inteligência e tecnologia, as forças israelenses foram surpreendidas pela ofensiva do Hamas, inclusive com pelo menos 2.500 mísseis disparados do outro lado da fronteira. Uma parte deles teria inclusive superado o Iron Dome, sistema de detecção que intercepta boa parte dos ataques aéreos ao país — embora Tel Aviv não confirme o número. A ação foi facilitada pela variedade e quantidade do arsenal do Hamas.
O New York Times informa que mísseis antigos e ultra-modernos foram usados nos ataques de sábado. Em sua maioria, de design e componentes iranianos, levado para a Faixa de Gaza e montados por lá.
Além de drones, morteiros e outras armas menores, o grupo dispõe de mísseis que chegam a até 160 quilômetros de alcance. Para efeito de comparação, Tel Aviv, que foi atacada no conflito, fica a cerca de 70 quilômetros de distância da Faixa de Gaza.
Entre as principais armas desse arsenal estão os foguetes Qassam, de menor porte, utilizados desde o início dos anos 2000. Dependendo do tipo, eles variam em tamanho — entre 1,8m e 2,4m de comprimento — e em capacidades de alcance e direção. As versões mais pesadas chegam aos 50 kg, com 9 kg de explosivos na cabeça.
Uma munição ainda mais pesada é a série de mísseis Fajr, de origem iraniana e utilizada e aperfeiçoada desde os anos 1990, atualmente no Fajr-5. Segundo especialistas, o míssil de 5,6 metros e 90kg ganhou uma versão local, o M-75. Ambos têm alcance de até 75 km.
A partir de 2014, o J-80 e o R-160, mísseis capazes de percorrer longa distâncias, começaram a ser usados. Como os nomes indicam, seus alcances são de até 80 e 160 quilômetros, respectivamente. O J-80 é batizado em homenagem a Ahmed al-Jabari, antigo comandante do Hamas, morto em uma das batalhas do longo conflito, em 2012.
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