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Com a eclosão do novo conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas no último sábado, israelenses estão se refugiando em bunkers e outros espaços anti-bombas para se protegerem dos ataques. Em Israel, as estruturas, algumas criadas há mais de 70 anos, são regulamentadas para informar o tempo exato de proteção, têm revestimento personalizado e podem ser encontradas em praticamente todas as esquinas das cidades do país.

A construção dos abrigos anti-bomba foi criada por lei de defesa civil de Israel, em 1951, três anos após a primeira guerra contra seus vizinhos árabes. Ela obriga prédios comerciais e residenciais a terem uma estrutura de proteção contra ataques. Entre as modalidades mais comuns está o bunker, espaço que fica parcialmente no subsolo para a proteção e muito usados em guerras. Ao todo, Israel tem 1,5 milhão de bunkers espalhados pelo país, de acordo com o Ministério da Defesa local — um para cada quatro habitantes, de acordo com os dados populacionais divulgados pelo Banco Mundial em 2021.

Os bunkers devem ser buscados pela população local todas as vezes em que as sirenes da cidade forem acionadas. Esse sinal avisa aos moradores que um ataque foi identificado no espaço aéreo local, e que é preciso buscar abrigo. A orientação do governo é que a população saia apenas dez minutos após o final do soar da sirene.

Para conseguir conter ataques de grandes dimensões, como o disparo de bombas e de armas de fogo, a estrutura dos bunkers é personalizada com revestimento feito com concreto ou aço em uma camada com espessura de 30 centímetros nas paredes, no piso e na porta, capazes de conter danos maiores. Na entrada, têm porta de aço ou outro metal pesado capaz de bloquear impactos. A localização no subsolo também é estratégica: oferece uma proteção extra contra bombas e outras artilharias pesadas.

Em geral, os espaços podem ser ocupados por dezenas de pessoas, em especial pelos abrigos públicos espalhados pelas cidades. Nos últimos anos, prefeitos de cidades na Região Metropolitana de Tel Aviv, capital israelense, por exemplo, financiaram a construção de bunkers públicos. Já o tempo máximo de permanência varia de acordo com o tamanho, com a estrutura e com a quantidade de pessoas no local.

Em alguns casos, as estruturas são preparadas para abrigar pessoas por períodos de tempo mais longo, e são equipadas com sistemas de ventilação, acesso a ferramentas de comunicação, como telefones e internet, e suprimentos como água e alimentação.

Em alguns casos, os bunkers ainda podem ter uma proteção extra, como uma camada de proteção de plástico com reforço de fibra de vidro, usado na náutica, por exemplo. O revestimento permite uma força maior e maior durabilidade à proteção para aguentar grandes impactos. O material é resistente a corrosões e efeitos de água. Eles ainda tem banheiros, estrutura comum em bunkers para uso pessoal.

Uma parcela da população que vive em Israel ainda consegue ter acesso a bunkers dentro do apartamento ou prédio em que moram. Lei israelense de 1993 obriga que as estruturas prediais tenham um espaço de proteção contra ataques, e a Mamad ("mamãe", em português) é a mais comum. Nada mais é que um quarto dentro de casa já criado com um revestimento específico para a proteção, de acordo com o regramento local.

Conflito em Israel:

A ideia é que a população que mora em Israel conseguisse ter acesso mais rápido a um local seguro em caso de ataque, desde que atenda a pré-requisitos como a mesma composição de paredes dos bunkers, com concreto reforçado, e fechada com uma porta de aço pesada protegida por uma parede de concreto. Esses cômodos, com cerca de 9 m², ainda precisam ter uma janela também revestida de aço que possa ser aberta caso os abrigados precisem fugir. Uma alteração na legislação feita em 2010 obrigou que as estruturas tivessem ainda um sistema de ventilação.

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