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Por , , e , Em The New York Times — Tel Aviv

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta quarta-feira, ao lado do líder da oposição, Benny Gantz, a formação de um governo de emergência. Mais cedo, o New York Times anunciou que eles haviam chegado a um acordo. Segundo o líder israelense, as diferenças foram postas de lado para “lutar contra um inimigo pior que o Estado Islâmico”.

— Nós colocamos todas as diferenças de lado, porque o futuro do nosso país está em jogo — declarou Netanyahu.

Gantz, ex-ministro da Defesa e líder da aliança política de oposição Unidade Nacional, afirmou que estar "lado a lado" de Netanyahu envia uma mensagem aos inimigos do Estado israelense.

— Neste momento, somos todos soldados de Israel — afirmou Gantz, citado pela Al Jazeera.

O ministro da Defesa, Yoav Gallant, também discursou. Em um tom de raiva intensa, disse que o povo judeu “não experimentava tal barbaridade desde o Holocausto”.

Ataque do Hamas em Israel:

O principal termo para o acordo entre o governo e a oposição foi a criação de um gabinete de guerra, que terá a participação de Netanyahu, Gantz e de Gallant.

O líder do principal grupo de oposição, o ex-premier Yair Lapid, não entrará no governo de coalizão, mas Netanyahu e Gantz disseram que um lugar foi "reservado" para ele no gabinete de guerra.

O acordo ocorre em um momento em que a devastação dos ataques terroristas do Hamas no fim de semana está ficando clara: corpos nas ruas, pessoas mortas a tiros em um ponto de ônibus, buracos de bala em muros residenciais. Israel disse que o número de mortos no ataque havia subido para 1.200, e acredita-se que cerca de 150 pessoas tenham sido mantidas como reféns em Gaza.

Havia um medo crescente de que o conflito pudesse se estender: houve troca de tiros ao longo da fronteira norte de Israel com o Líbano e a Síria nos últimos dias, e as forças israelenses disseram que lançaram ataques de retaliação no Líbano nesta quarta-feira, atingindo alvos pertencentes ao Hezbollah, um grupo libanês armado apoiado pelo Irã e aliado ao Hamas.

Israel também intensificou sua retaliação contra o Hamas, lançando mais mísseis nesta quarta-feira contra a Faixa de Gaza, o território costeiro isolado controlado pelo grupo terrorista, onde os temores de um desastre humanitário estavam crescendo.

Novos ataques aéreos atingiram equipes de resgate que tentavam alcançar pessoas soterradas sob os escombros de ataques anteriores. As autoridades de Gaza, que está sob bloqueio de Israel e do Egito, disseram que sua única usina de energia ficou sem combustível, forçando os hospitais a depender de geradores de reserva com suprimentos limitados para alimentá-los.

Enquanto o Exército israelense posiciona tanques e soldados ao longo da fronteira com Gaza, ainda não está claro se lançará uma invasão terrestre. Pelo menos 1.100 palestinos foram mortos, incluindo 326 crianças, e 5.539 ficaram feridos desde sábado, informaram as autoridades de saúde de Gaza na quarta-feira.

Os habitantes de Gaza dizem que Israel atingiu estruturas que normalmente são seguras, como escolas, hospitais e mesquitas. Israel deu avisos gerais para que as pessoas deixem determinados bairros ou cidades, mas reconheceu que as diretrizes não são tão extensas ou específicas como no passado.

Os Estados Unidos prometeram "ação urgente" para apoiar a resposta de Israel ao que o presidente Joe Biden chamou na terça-feira de "mal puro e simplesmente". A primeira remessa de novas armas americanas chegou a Israel nesta quarta-feira, e o Secretário de Estado Antony Blinken viajou para lá. Espera-se que ele se reúna com altos funcionários israelenses na quinta-feira para discutir as necessidades militares e as negociações com reféns.

O número de cidadãos americanos mortos durante os ataques subiu para 22, disse um porta-voz do Departamento de Estado nesta quarta-feira. Cidadãos americanos estão entre os reféns.

Na noite desta quarta-feira (tarde no horário de Brasília), o Exército israelense instruiu os civis do norte de Israel a se abrigarem em seus bunkers após relatos de aeronaves cruzando o espaço aéreo a partir do sul do Líbano, uma área dominada pelo Hezbollah, mas os militares israelenses disseram mais tarde que não houve invasão. As Forças de Defesa de Israel também disseram que o "erro humano" foi o culpado por um falso alerta disparado em todo o país.

Uma análise do New York Times sobre a propaganda do Hamas e imagens de satélite mostra como os agressores conseguiram executar uma operação tão sofisticada no sábado. Eles parecem ter destruído torres de comunicação próximas à fronteira de Gaza, que são fundamentais para a defesa de Israel. Israel falou pouco sobre o que parece ser um fracasso monumental de suas operações de segurança e inteligência.

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