Mundo
PUBLICIDADE

Por O Globo — Gaza

Desde a ofensiva-relâmpago do grupo terrorista Hamas contra o território israelense, no último sábado, muitos kibutzim foram atacados. Em alguns, como o de Be’eri, várias pessoas morreram e muitas outras foram feitas reféns; em outros, como no kibutz Nir Am, a resistência de uma jovem israelense de 25 anos ganhou os holofotes depois de liderar a reação contra os terroristas e evitar um massacre.

Os kibutzim, que em hebraico significam “conjunto” ou “assembleia”, são comunidades onde as pessoas vivem, trabalham e produzem em conjunto. Surgiram no século XX, calcados em princípios igualitários e comunais, com bens e meios de produção de propriedade coletiva. Sua economia, no início, era essencialmente agrícola.

— Tudo era compartilhado — explicou Yuval Achouch, sociólogo da Western Galilee Academic College e especialista em kibutz, à AFP. — Não havia propriedade privada. Foi a sociedade socialista que mais teve êxito na história da Humanidade.

Foram os kibutzs os responsáveis pelas funções centrais no assentamento, imigração e defesa dos judeus, pouco antes da formação do Estado de Israel, em 1948, e nos seus primeiros anos de existência, explica o consulado israelense em São Paulo. Por muito tempo, eles foram o maior símbolo do dinamismo do jovem país do Oriente Médio, com seus membros ajudando na criação e na construção do Israel moderno.

Conflito em Israel:

Mas, com o fortalecimento do novo Estado, arrefeceu sua força institucional e de desenvolvimento e, a partir dos anos 1970, sua força política também. Com o colapso do comunismo na União Soviética e a crise econômica israelense nos anos 1980, muitos moradores dos kibutzim se endividaram e seu modelo cooperativista foi debilitado, explicou Achouch.

Os jovens abandonaram comunidades rurais em busca da vida urbana, e nos anos 1990 os ideais socialistas perderam força frente ao avanço do individualismo e no início do século XXI. Desde então, a maioria dos kibutzs foram privatizados. A economia foi se diversificando, abrangendo indústrias e serviços. Era necessário integrar-se "ao sistema econômico para sobreviver”, explicou Achouch.

Hoje, os kibutzim respondem por 40% da produção agrícola de Israel e 11% dos produtos manufaturados. Porém, cada vez mais essas comunidades investem em propriedades, serviços e novas tecnologias, encabeçadas pela contribuição das empresas de alta tecnologia, motor da economia israelense.

Recentemente, novos projetos, a qualidade de vida e a proximidade com a natureza atraíram os jovens de volta. Atualmente, o kibutz representam menos de 2% da população, de acordo com Achouch— uma queda aguda frente aos 7,5% que representavam anos atrás. Ainda assim, sua imagem permanece vinculada à de Israel no exterior. (Com AFP)

Mais recente Próxima Gaza vive crise humanitária em meio a 'cerco total' de Israel

Inscreva-se na Newsletter: Guga Chacra, de Beirute a NY

Mais do Globo

Hábito não indica problemas de saúde mental e pode trazer, na verdade, diversos benefícios; entenda

Sinal de sucesso? O que significa falar sozinho, segundo a psicologia

Fomos nós que mudamos, a respirar esse ar cada vez mais cheio de veneno, encorpado pelos Mestres que seguem inventando emoções Olímpicas

Nós mudamos com o mundo

Jogos das Olimpíadas deste domingo (3) serão transmitidos pela TV Globo, Sportv, Globoplay e CazéTV

Olimpíadas de Paris-2024 hoje: programação e onde assistir ao vivo aos jogos deste domingo (4)

Governo precisa incentivar o aprimoramento de trabalhadores a partir de demandas das empresas

Brasil não pode fugir da agenda da produtividade

Após dengue, zika e chicungunha, população enfrenta mais um vírus transmitido por mosquitos

Surto de febre oropouche desafia autoridades sanitárias no país

Legislativo hoje coordena interesses dispersos sem maior preocupação com a agenda nacional

A paróquia está no centro da política

A Carta de 1988 trata direitos originários dos povos indígenas à terra como indisponíveis, inalienáveis e imprescritíveis

Vigência do marco temporal é injusta e imoral

Ignorar potencial da comunidade é desperdiçar a oportunidade de ampliar a base eleitoral e fortalecer a democracia

Mais vozes LGBT+ na política

Com 370 mil seguidores, Iaponã Neuronha mostra diversos ensaios com celebridades nas redes sociais, mostrando a sua proximidade diversas personalidades

Fotógrafo queridinho dos famosos registra Paulo André, Juliette e MC Daniel em viagens a Noronha; conheça

Veja o horóscopo do dia 4/8 para os signos de Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes

Horóscopo de hoje: veja previsão para seu signo no dia 4/8