O Ministério da Defesa de Israel afirmou nesta quarta-feira que há brasileiros entre as pessoas mantidas de reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza. Horas depois do anúncio, porém, o porta-voz internacional do Exército de Israel Jonathan Conricus disse à “Folha de S.Paulo” que existe a possibilidade, mas que não está confirmado.
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No primeiro comunicado, divulgado em vídeo nas redes sociais, Conricus afirma que também há reféns de outras nacionalidades. Ele ressaltou que, até o momento, há 1,2 mil israelenses mortos, e cerca de 2,7 mil feridos. Afirmou, ainda, que “dezenas estão sendo mantidos reféns em Gaza pelo Hamas”, sendo “muitos deles com dupla nacionalidade”.
— A tragédia não é um desafio apenas de Israel, mas de muitos países livres no mundo. Há [entre os reféns] americanos, britânicos, franceses, alemães, italianos, brasileiros, pessoas da Argentina e da Ucrânia e de outros países. Eu não lembro de toda a lista, porque é muito longa — disse o porta-voz em vídeo nas redes.
Ainda na quarta-feira, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que não havia a confirmação de cidadãos brasileiros reféns do Hamas. Secretário de África e Oriente Médio, o embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte participou de uma coletiva sobre a situação em Israel e na Palestina, e disse estar “buscando essa informação”.
— Ainda não temos confirmação de que existiria um refém com nacionalidade brasileira. Estamos buscando essa informação — disse.
Há suspeita que a brasileira Karla Stelzer Mendes, que está desaparecida, tenha sido feita refém. Sobre isso, o diretor consular Aloysio Gomide Filho afirmou que, até o momento, não há “informações sobre a brasileira desaparecida”. Também na quarta, o israelense Gabriel Azulay, namorado de Karla, foi encontrado morto.
Azulay tinha ido com a carioca em uma rave nas proximidades da Faixa de Gaza no último sábado. O evento foi interrompido pelo ataque do grupo terrorista Hamas. Única brasileira identificada como desaparecida até o momento, Karla chegou a enviar áudios para os amigos durante o ataque. As mensagens relataram a situação de terror.
Na terça-feira, o governo brasileiro confirmou a morte de Ranani Glazer, gaúcho de 24 anos que estava desaparecido desde o último sábado. Ele foi encontrado morto após a invasão do Hamas ao festival de música. Além de Glazer, a carioca Bruna Valeanu, de 24 anos, foi achada morta. Ela também havia ido à rave que foi alvo de ataque.
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