A família do namorado da artista germano-israelense Shani Louk, que foi sequestrada e carregada seminua num veículo com terroristas do Hamas, recebeu mensagens de ódio por meio do celular dele após o ataque-surpresa dos extremistas, no último sábado. A DJ e seu parceiro, Orión Hernández Radoux, estavam na rave perto da Faixa de Gaza quando homens armados iniciaram o massacre.
Escritas em árabe, as mensagens foram enviadas pelo celular de Orión para o pai dele, que busca informações sobre o paradeiro do filho desde o último sábado. De acordo com o The Sun, que teve acesso ao conteúdo, os textos afirmam: "Eu cuspo em você" e "Maldito seja". As mensagens também prometem "libertar a Palestina" e torná-la "livre dos sionistas".
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Segundo amigos, Orión, oriundo do México, viajou para o festival de música para ser DJ. O evento foi invadido por terroristas, que mataram a tiros ao menos 260 pessoas, segundo a organização de resgate Zaka, e levaram outras reféns para Gaza. Não se sabe se Orión foi ferido ou sequestrado.
A germano-israelense Shani foi considerada morta depois que imagens suas, deitadas de bruços na caminhonete, cercada por terroristas, rodaram o mundo. No entanto, a mãe de Shani, Ricarda Louk, disse que sua família recebeu informações de que ela está viva, embora em estado crítico, num hospital de Gaza.
— Agora temos evidências de que Shani está viva, mas tem um grave ferimento na cabeça e está em estado crítico. Cada minuto é importante. Vocês têm de agir rapidamente e resgatar Shani da Faixa de Gaza! Não deveríamos discutir sobre questões de jurisdição agora — afirmou Ricarda.
A família de Shani Louk apela ao governo alemão que ajude no resgate da DJ. Em entrevista ao programa alemão ZDF heute, Orly Louk, a tia de Shani, e seu tio Wilfried Gehr criticaram Berlim por supostamente ignorar os contatos de parentes da jovem de 22 anos.
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— Há três dias que imploramos ajuda ao governo alemão. Estamos inquietos e totalmente decepcionados porque o governo federal não se sente responsável. Um [funcionário] do Ministério das Relações Exteriores disse que não tem tempo porque precisa remarcar voos. Isso me deixa com muita raiva — afirmou Orly Louk.
Shani tem passaporte alemão, mas cresceu em Israel. Ela foi uma das centenas de participantes feridas por terroristas do Hamas durante um festival perto da Faixa de Gaza. Um vídeo em que ela aparece de bruços, aparentemente desacordada, na caçamba de uma caminhonete dos extremistas rodou o mundo.
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A mãe de Shani havia confirmado, anteriormente, que era sua filha quem aparecia nas imagens que circularam nas redes sociais por meio das tatuagens e dos dreads no cabelo da mulher.
Parentes da jovem destacaram à mídia internacional que ela "era pacifista" e conhecida por seu envolvimento na organização de festivais de música.
A tia Orly Louk destacou ao diário alemão Der Spiegel que a sobrinha se recusou a servir ao Exército de Israel, onde o alistamento militar é obrigatório, "por conta de suas opiniões" em defesa da paz.
Shani participava de um festival perto de Gaza quando extremistas do Hamas invadiram territórios israelenses, num ataque-surpresa que já deixou mais de mil mortos.
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Ao ver as primeiras notícias sobre o ataque, Ricarda diz ter telefonado "desesperadamente" para garantir que sua filha estava num local seguro.
— Comecei a ligar para ela para saber onde ela estava, se estava perto de um local seguro. Ela disse que estava em um festival no sul e estava entrando em pânico — relembrou.
A preocupação da família aumentou com o vídeo da artista na caçamba de uma caminhonete, cercada por extremistas. De acordo com Ricarda, depois de levarem Shani para a Faixa de Gaza, os homens ainda tentaram, por várias vezes, usar o cartão de crédito dela.
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