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Por O Globo, New York Times, AFP — Jerusalém

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, chegou a Tel Aviv na manhã desta quinta-feira, quando os militares israelenses disseram que suas tropas estavam concentradas na fronteira com Gaza “fazendo preparativos para a próxima fase da guerra”.

Blinken também deve viajar para a Jordânia e se encontrar com outros líderes regionais. “Nós os protegemos hoje. Faremos isso amanhã. Faremos isso todos os dias", afirmou Blinken, que prometeu se reunir com altos funcionários israelenses em meio à guerra.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, estava programado para se encontrar com Blinken na sexta-feira, disse um alto funcionário da Autoridade Palestina no site de mídia social X, anteriormente conhecido como Twitter. O grupo tem controle limitado sobre partes da Cisjordânia e foi forçado a sair de Gaza pelo Hamas em 2007.

Na quarta-feira à noite, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de Israel, prometeu em declarações televisivas “esmagar e eliminar” o Hamas, em resposta à incursão do grupo no fim de semana no sul de Israel, o ataque mais mortal ao país em meio século.

Sexto dia de confrontos

Israel e o Hamas trocaram ataques nesta quinta-feira, no sexto dia do conflito em Gaza, que já matou milhares de pessoas. Os bombardeiros ocorreram já durante a visita de Blinken, que enfatizou a solidariedade ao aliado no Oriente Médio, mas pediu moderação para proteger os civis palestinos.

O exército de Israel reagiu a uma ofensiva do Hamas, deflagrada no último sábado, quando homens armados mataram 1,2 mil israelenses, a maioria civis, e fizeram cerca de 150 reféns. As forças de Tel Aviv responderam com milhares de ataques e ainda projeta o que se espera ser uma invasão terrestre do território controlado pelos terroristas.

Mais de 1,2 mil palestinos morreram em Gaza enquanto Israel bombardeava quarteirões e destruía milhares de edifícios nos seis dias desde que o Hamas lançou o ataque sem precedentes, o mais sangrento da História da região.

— Todo membro do Hamas é um homem morto — disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu à nação depois de formar um governo coalização nacional nesta quarta-feira. O premier comparou o Hamas ao grupo Estado Islâmico e prometeu “esmagá-los e destruí-los”.

O presidente dos EUA, Joe Biden – que apoiou Israel e começou a enviar ajuda militar – também advertiu na quarta-feira que Israel deve, apesar de “toda a raiva e frustração, operar de acordo com as regras da guerra”.

Os temores aumentaram para os 2,4 milhões de residentes de Gaza que agora enfrentam a quinta guerra em 15 anos no território. Israel impôs um "cerco total" à região e cortou o fornecimento de água, alimentos e energia.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, expressou preocupação com o “ciclo acelerado de violência e horror”. Ele apelou à libertação de todos os reféns e ao levantamento do cerco e sublinhou que “os civis devem ser protegidos em todos os momentos”.

Parte da comunidade internacional apela para o estabelecimento de um corredor humanitário para permitir que os palestinianos escapem antes de uma possível invasão terrestre israelense, o que significaria combates urbanos, casa a casa.

O ministro da Energia de Israel, Israel Katz, prometeu na quinta-feira que o cerco total a Gaza continuaria até que os reféns fossem libertados.

“Ajuda humanitária a Gaza?”, ele escreveu em um comunicado. “Nenhum interruptor elétrico será ligado, nenhuma torneira de água será aberta e nenhum caminhão de combustível entrará até que os sequestrados israelenses retornem para casa”.

'Tudo o que faço é chorar'

Israel convocou 300 mil reservistas e enviou forças, tanques e blindados pesados para as áreas desérticas do sul em torno de Gaza, de onde o Hamas lançou o seu ataque sem precedentes em 7 de outubro.

Desde então, os soldados israelenses limparam as cidades do sul e as comunidades de kibutz e mataram 1,5 mil extremistas, ao mesmo tempo em que descobriram um grande número de civis mortos, incluindo crianças.

— Eu nunca teria sido capaz de imaginar... algo assim — disse Doron Spielman, porta-voz do exército israelense, em um condomínio fechado onde mais de 100 moradores foram mortos. — Parece que... uma bomba atômica acabou de cair aqui.

Netanyahu disse que o ataque do Hamas foi de um nível de "selvageria... que não víamos desde o Holocausto".

A indignação israelense foi alimentada pela captura pelo Hamas de pelo menos 150 reféns – a maioria de cidadãos de Israel, mas também estrangeiros e com dupla nacionalidade – agora detidos em Gaza.

— Eu sei que ele está por aí em algum lugar — disse uma das israelenses afetadas, Ausa Meir, sobre seu irmão Michael, que está entre os cativos. — É muito, muito doloroso.

O Hamas ameaçou matar reféns se Israel bombardear alvos civis em Gaza sem aviso prévio – aprofundando a raiva e o medo em Israel, em estado de choque.

'Temos que vencer'

A guerra de Israel que agora se intensifica no sul é ainda mais complicada por uma ameaça vinda do norte, o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã e baseado no Líbano.

Israel concentrou tanques na fronteira norte depois de repetidos confrontos com o Hezbollah nos últimos dias, incluindo foguetes e bombardeios transfronteiriços.

Os Estados Unidos enviaram um grupo de batalha de porta-aviões para o Mediterrâneo Oriental numa demonstração de apoio e alertaram os outros inimigos de Israel para não entrarem no conflito.

O inimigo de Israel, o Irã, há muito apoia financeira e militarmente o Hamas, mas insiste que não teve envolvimento no ataque de sábado.

A agitação também aumentou na Cisjordânia ocupada, onde foram realizados protestos em solidariedade com Gaza e 27 palestinos foram mortos em confrontos desde sábado.

O conflito levou Netanyahu a deixar de lado, por enquanto, as suas diferenças políticas e a formar um governo de emergência, incluindo o antigo ministro centrista da Defesa Benny Gantz durante a crise.

“Israel antes de mais nada”, escreveu Gantz em uma postagem nas redes sociais na quarta-feira, enquanto o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, escreveu que “saúda a unidade, agora devemos vencer”.

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