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Por O Globo e agências internacionais — Ramallah

O conflito entre Israel x Hamas, iniciado após o pior ataque terrorista de todos os tempos contra o Estado judeu, espalha-se cada vez mais para além das fronteiras da Faixa de Gaza. Ao menos 11 palestinos morreram, nesta sexta-feira, durante protestos que terminaram em confronto com forças de segurança na Cisjordânia, enquanto, no extremo norte, o Exército israelense bombardeou vilas no sul do Líbano após o que autoridades tratam como uma tentativa de invasão terrestre a partir do país vizinho.

Embora o foco do conflito seja Gaza, onde o Exército de Israel ordenou a retirada de 1,1 milhão de pessoas da região norte em 24 horas e provocou um êxodo caótico ao sul, uma expansão da tensão para outros territórios proliferam.

O Ministério da Saúde palestino confirmou a morte de pelo menos 11 pessoas em confrontos entre manifestantes e forças de segurança de Israel durante os protestos contra os bombardeios em Gaza na Cisjordânia. Os atos aparentemente atendiam ao chamado do Hamas por "um dia de fúria" contra Israel e seus assentamentos em regiões palestinas. Alguns manifestantes carregavam bandeiras do Hamas nos atos na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967.

As autoridades palestinas confirmaram mortes em Tulkarem, Beit Furik, Beit Ula, Tammun, Belém e Hebron. De acordo com um balanço parcial divulgado pelo Crescente Vermelho palestino durante a manhã, 239 pessoas ficaram feridas durante os confrontos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, incluindo 73 feridas por disparos de armas de fogo e 137 com problemas decorrentes da inalação de gás lacrimogêneo.

Palestinos entram em confronto com forças israelenses em manifestações na Cisjordânia

Palestinos entram em confronto com forças israelenses em manifestações na Cisjordânia

Também de acordo com as autoridades de saúde palestinas, mais de 40 pessoas foram mortas na Cisjordânia desde a escalada da violência entre Israel e Hamas no sábado. As mortes teriam ocorrido tanto em confrontos com forças de seguranças quanto em embates com colonos, considerados ocupantes ilegais do território pelos palestinos.

No exterior, protestos contra Israel e em solidariedade ao povo palestino também foram registrados em países como Afeganistão, Irã, Iêmen, Paquistão, Líbano, Indonésia, Iraque, Índia, Sri Lanka, Bangladesh e Japão nesta sexta-feira.

Conflito em Israel:

Os atos que terminaram em violência no território palestino próximo a Jerusalém não foram a única preocupação das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) nesta sexta. No norte do país, um ataque a uma cerca que divide Israel e Líbano provocou uma medida de retaliação, com disparos de artilharia israelense em direção a localidades do sul do país, como Dhayra e Alma al-Shaab.

De acordo com as IDF, a explosão na cerca não provocou grandes danos estruturais, mas está sendo investigada como uma tentativa de invasão por terra do país. O sul do Líbano é a área de atuação do Hezbollah, outro grupo considerado terrorista por Israel e parte de seus aliados ocidentais, que declarou apoio ao Hamas após a resposta israelense ao ataque terrorista de sábado.

Em meio ao alastrar do conflito, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, se reuniu com o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na Jordânia. De acordo com o Departamento de Estado, Blinken apresentou condolências às famílias das vítimas civis palestinas, mas reiterou que os EUA não consideram o Hamas como representantes do "direito legítimo do povo palestino" a dignidade, liberdade, justiça e autodeterminação.

Um alto funcionário do Departamento de Estado ouvido em anonimato pelo The New York Times disse que os EUA pediram a Abbas que ajude a garantir que os palestinos na Cisjordânia não tentem realizar ataques contra Israel ou os israelenses.

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