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Por AFP — Tel Aviv

As famílias dos israelenses feitos reféns pelo Hamas expressam cada vez mais indignação com o sequestro de seus parentes e com a falta de informações. Até este domingo, eles não sabem o local para onde os reféns foram levados e não há um canal oficial de comunicação para negociações.

Após críticas dos familiares, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reuniu neste domingo com representantes das famílias dos reféns e desaparecidos em uma base das Forças de Defesa no centro de Israel. Após o encontro, afirmaram que “ele nos garantiu que um dos objetivos da guerra é trazê-los de volta para casa”.

As famílias estão desesperadas e imploram por ajuda de “qualquer pessoa, organização ou país” para ter seus parentes de volta:

— Eles são civis inocentes. Eles têm direitos. Deve-se exercer pressão sobre a Turquia e o Egito, para que a Cruz Vermelha possa visitá-los — disse Yfrat Zailer, durante uma coletiva de imprensa neste sábado. Ela é tia de Kfir (9 meses) e Ariel (4 anos), crianças sequestradas em 7 de outubro com a mãe Shiri.

Além da incerteza do local onde os seus parentes estão, os familiares dos reféns convivem com a dúvida de sequer saber se estão vivos. Israel promete uma incursão em Gaza, e os familiares apelam ao governo israelense que os reféns precisam ser trazidos de volta vivos. Eles sabem que as chances disso acontecer logo após a ofensiva é mínima.

— Temos de trazê-los vivos para casa. Eles foram sequestrados vivos — reiterou Zailer diante das câmeras.

Conflito em Israel:

Os militares israelenses disseram no domingo que confirmaram às suas famílias que 155 pessoas se encontram com o Hamas na Faixa de Gaza desde o ataque da semana passada. Antes, eles haviam afirmado que o número era de 126 pessoas, mas frisaram que ele poderia chegar a 150, incluindo crianças e recém-nascidos, mas foi revisado para baixo após o Exército ter anunciado que encontrou corpos durantes incursões pontuais ao enclave..

— Estamos fazendo esforços colossais para libertar os prisioneiros — disse Daniel Hagari, porta-voz militar, numa conferência de imprensa, especificando que contactou as famílias de “155 cativos”.

Sem dar mais informações, o porta-voz do Exército israelense, Richard Hecht, afirmou que 286 soldados israelenses foram mortos em operações lançadas desde os ataques terroristas do Hamas, em 7 de outubro.

Até agora, Israel não mencionou nenhum canal de negociação e limitou-se a nomear uma “referência” para as famílias, Gal Hirsch, um general reformado envolvido em um caso de corrupção, cuja nomeação foi criticada por vários especialistas.

— Não negociamos com um inimigo que prometemos erradicar da superfície da terra — declarou no sábado o conselheiro de segurança nacional do governo israelense, Tzachi Hanegbi.

Nos últimos nove dias, o Exército israelense lança ataques de retaliação contra a Faixa de Gaza, um pequeno e empobrecido de 2,2 milhões de habitantes sob o controle do Hamas desde 2007. Os bombardeios deixaram mais de 2,3 mil mortos, a maioria delas civis e, incluindo ao menos 700 crianças e adolescentes.

O Hamas afirmou que 22 reféns teriam sido mortos nos bombardeios de Israel, sendo cinco israelenses e quatro estrangeiros. O movimento ameaçou matar os reféns se Israel continuar a bombardear alvos civis sem aviso prévio.

Abandono

Para Ronen Tzur, um comunicador que foi escolhido como porta-voz das famílias, “isto significa pura e simplesmente que o governo israelense escolheu como estratégia abandonar os reféns e os desaparecidos”.

Parentes e amigos dos sequestrados se reuniram neste sábado no Fórum de Famílias de Reféns e Pessoas Desaparecidas, uma organização criada para pressionar o governo de Israel e a comunidade internacional para obter sua libertação.

Nas instalações da organização, no centro de Tel Aviv, o seu criador, um empresário que prefere não revelar o seu nome, faz todo o tipo de coisas, desde telefonar a “um conselheiro do Vaticano” até encomendar pizzas para voluntários.

— No sábado passado, quando entendi o que acontecia (com os reféns), pensei que, pela primeira vez, não lutaria esta guerra uniformizado, mas sim abrindo minha agenda de contatos — explica este homem de 50 anos, também oficial da reserva. O fórum está em contato com organizações internacionais como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

— Formamos essa equipe com cerca de 20 ex-diplomatas, mas atrás de nós existem círculos que reúnem todos os países do planeta. Estamos aqui para contribuir com a nossa experiência, as nossas ideias, os nossos contatos ao serviço desse magnífico projeto da sociedade civil para apoiar as famílias —disse à AFP o ex-diplomata israelense e embaixador na França, Daniel Shek.

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