O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizará na quarta-feira uma visita de solidariedade a Israel, na sequência do ataque do grupo islâmico palestiniano Hamas, anunciou o secretário de Estado americano, Antony Blinken.
- O presidente reafirmará a solidariedade da América a Israel e o nosso forte compromisso com a sua segurança”, declarou Blinken, na manhã de terça-feira (hora local), em Tel Aviv.
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Blinken falou após uma reunião noturna de quase oito horas no Ministério da Defesa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em sua segunda visita desde o ataque do Hamas em 7 de outubro.
- Israel tem o direito, e na verdade o dever, de defender a sua população dos ataques do Hamas e de outros terroristas e de prevenir futuros ataques - disse Blinken.
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Biden “ouvirá de Israel o que precisa para defender o seu povo enquanto trabalhamos com o Congresso para atender a essas necessidades”, disse ele.
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O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse em Washington que, além de Tel Aviv, Biden viajará para a Jordânia, onde se reunirá com o rei Abdullah II, o líder palestino Mahmoud Abbas e o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi.
Blinken também disse que os Estados Unidos obtiveram garantias de Israel para levar ajuda estrangeira à empobrecida e bloqueada Faixa de Gaza, enquanto os militares israelenses se preparam para uma ofensiva terrestre contra o território sob controle do Hamas.
As autoridades disseram que o novo coordenador de ajuda humanitária dos EUA, David Satterfield, trabalharia com Israel para desenvolver planos mais concretos.
Biden espera “ouvir de Israel como desenvolverá as operações de uma forma que minimize as vítimas civis e permita que a assistência humanitária chegue aos cidadãos em Gaza e não beneficie o Hamas”, disse Blinken.
- A nosso pedido, os Estados Unidos e Israel concordaram em formular um plano que permitirá que a ajuda humanitária dos países doadores e das organizações multilaterais chegue aos civis em Gaza - disse Blinken.
Ele acrescentou que os dois lados estão discutindo a “possibilidade de criar áreas para ajudar a manter os civis fora de perigo”.
- Saudamos o compromisso do governo israelense em trabalhar neste plano. O presidente (Biden) espera discutir mais o assunto quando chegar na quarta-feira - explicou.
Biden expressou a sua resoluta solidariedade com Israel depois de sofrer o pior ataque dos seus 75 anos de história. Mas também expressou preocupação com propostas mais duras que poderiam afetar os civis em Gaza e, anteriormente, pressionou Israel a reverter a decisão de cortar o abastecimento de água.
- Compartilhamos as preocupações de Israel de que o Hamas possa tomar ou destruir a ajuda destinada a Gaza ou impedir que chegue às pessoas que dela necessitam - acrescentou Blinken.
- Se o Hamas impedir de alguma forma que a ajuda humanitária a Gaza chegue à população, incluindo a sua apreensão, seremos os primeiros a condenar isso e a trabalhar para evitar que aconteça novamente.