Jovem palestino de Jerusalém Oriental, Soheib Muhammad Abu Amar está desaparecido depois de terroristas do Hamas terem-no raptado e levado para Gaza, disse sua família.
Abu Amar, de 22 anos, é considerado o único palestino que não é cidadão de Israel a ser dado como desaparecido nos ataques de 7 de outubro e feito refém pelo Hamas.
O jovem motorista de micro-ônibus tem carteira de identidade israelense, mas não é cidadão israelense. Na noite de 6 de outubro, ele reuniu um grupo de pessoas em Jerusalém e as levou a uma rave perto da fronteira de Gaza. Ele passou a noite no local, com a intenção de levá-las de volta pela manhã.
Combatentes e apoiadores do Hamas romperam as defesas israelenses na manhã seguinte, realizando uma série de ataques contra soldados e matando mais de mil civis em Israel. Eles desencadearam uma onda de violência nas comunidades israelenses perto da fronteira de Gaza e no festival de música, levando dezenas de reféns para Gaza.
— Quando o problema começou, ele nos enviou uma mensagem expressando preocupação — disse o irmão de Abu Amar, Abd Al-Mughani Abu Amar, de 37 anos. — Dissemos a ele para tomar cuidado e garantimos que havia policiais por perto para garantir sua segurança. Às 9h22, ele nos enviou uma foto perto de seu ônibus.
Dez minutos depois, o Hamas aparentemente o pegou.
Às 9h32, Abu Amar ligou para seu cunhado, que disse que Abu Amar passou o telefone a um membro do Hamas. O cunhado, que pediu anonimato para proteger a família, perguntou quem estava ao telefone. O homem respondeu: “É Qassam”.
— Eu disse a ele: ‘Deixe-o. Ele é meu irmão. Deixe-o ir para sua casa; sua mãe está esperando por ele. Ele é de Jerusalém, não é de lá — afirmou o cunhado, referindo-se a Israel. — Ele me disse: ‘Escute, ele está comigo. Não vou deixá-lo, vou mantê-lo comigo'.
Segundo o irmão do jovem motorista, ninguém do governo forneceu qualquer assistência ou informação sobre o paradeiro de Soheib Muhammad Abu Amar.
Os pais do jovem estavam na Arábia Saudita no momento do ataque, em peregrinação a Meca, e acabaram de regressar.
— Minha mãe está arrasada — disse Abd Al-Mughani Abu Amar. — Meu irmão é uma pessoa trabalhadora e honesta que só quer ganhar a vida e voltar para casa. Ele gosta de viajar e ama a vida.
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