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Por O Globo e agências internacionais — Gaza

Com tanques supermodernos, milhares de soldados e equipamentos fornecidos por aliados, o Exército de Israel lançou uma contraofensiva depois do ataque terrorista do Hamas de 7 de outubro. Neste domingo, porta-vozes militares afirmaram que as tropas aguardam uma “decisão política” sobre o momento de uma incursão terrestre em Gaza, enquanto os civis intensificam esforços para fugir da região.

As forças de Israel, que nas últimas décadas investiram fortemente em tecnologia de segurança, têm 170 mil soldados da ativa, com mais de 400 mil na reserva — cerca de 300 mil foram convocados, maior movimentação do gênero.

O país conta com amplo arsenal de caças, tanques e embarcações, mas que naturalmente não é empregado em sua totalidade no conflito, hoje concentrado nos arredores de Gaza. Desde o último dia 7, porém, boa parte dos recursos militares têm sido empregado no contra-ataque ao Hamas e complementado com equipamentos cedidos por aliados, como os Estados Unidos.

Veja infográfico que compara poderios de guerra do Hamas e de Israel — Foto: Editoria de Arte
Veja infográfico que compara poderios de guerra do Hamas e de Israel — Foto: Editoria de Arte

O poderio militar de Israel um dos maiores arsenais de mísseis do Oriente Médio (a maior parte, de curto alcance). Segundo o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, a maior parte desses mísseis é de curto alcance. No entanto, a linha Jericho é considerada a mais avançada. Mísseis Jericho 3 têm mais de 15 metros de comprimento e atingem distâncias de até 4,8 mil quilômetros, enquanto os Jericho 2 chegam a 1,5 mil quilômetros. Fazem parte do arsenal unidades Lora (280 km de alcance), Delilah (250 km) e Gabriel (200 km).

Tanques ultramodernos

Israel tem à disposição a série de tanques Merkava, que foi incorporada às forças nos anos 1970. Os mais modernos desse tipo são os da quarta geração, que chegaram no início dos anos 2000. Os Merkava são capazes de carregar seis soldados na parte traseira e dispõe de canhões, metralhadoras e de um sistema que destrói projéteis inimigos antes de eles atingirem os blindados.

Nos últimos dias, os tanques de guerra mais sofisticados das forças do país chegaram à fronteira com a Faixa de Gaza na iminência de uma "próxima fase da guerra". Fotos divulgadas pela agência AFP mostram que os blindados de modelo Namer 1500 estão na linha de frente do conflito.

De acordo com o portal UOL, os tanques Namer 1500 podem carregar até dez soldados, que desembarcam numa rampa acoplada à parte traseira do veículo, pilotado por dois agentes. O blindado tem motor de 1,5 mil cavalos e um casco com proteção para mísseis guiados e granadas. O veículo é capaz de passar por terrenos íngremes e até pequenos muros. Para atacar adversários, os soldados contam com a passagem por duas escotilhas e metralhadoras no teto (uma delas pode ser acionada remotamente).

As Forças de Defesa de Israel anunciaram a chegada dos primeiros exemplares em junho deste ano. Um vídeo divulgado à época mostra detalhes do poder do blindado.

Trata-se de uma versão atualizada do Namer APC, utilizado pela primeira vez pelas forças israelenses em 2008. O novo modelo "oferece uma relação potência-peso e velocidade aumentadas em comparação com modelos anteriores. Além disso, o veículo incorpora tecnologias touchscreen para melhorar a eficiência do usuário", afirmou o site especializado "Army Technology", na ocasião.

EUA enviam navios de guerra

Considerado o maior navio de guerra do mundo, o USS Gerald R. Ford está sendo enviado pelo governo americano para o Mar Mediterrâneo Oriental com intuito de realizar "operações marítimas e aéreas, a fim de assegurar aliados e parceiros em toda a região e garantir a estabilidade". Segundo comunicado do Ministério da Defesa dos Estados Unidos, o grupo de militares na embarcação "está preparado para toda a gama de missões".

Com 333 metros de comprimento e 41 metros de largura, o navio da Marinha dos Estados Unidos tem capacidade de abrigar 4,5 mil pessoas, além de 90 aviões e helicópteros.

Recentemente, a embarcação foi colocada sob comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para participar em manobras no mar da Noruega. O veículo chegou às águas de Oslo, capital norueguesa, em 24 de maio com objetivo de realizar “atividades de segurança marítima”, além de treinos no mar do país. De acordo com a Otan, a ação era programada. As atividades que tiveram participação do navio ocorreram ao longo de uma semana e tiveram a Noruega como anfitriã.

Ao todo, o Grupo de Ataque Gerald R. Ford é composto por seu carro-chefe e homônimo, o porta-aviões USS Gerald R. Ford (CVN 78), um agrupamento de esquadrões aéreos chamado de Carrie Air Wing Eight (CVW 8), o Esquadrão de Contratorpedeiros Dois (DESRON 2), o cruzador de mísseis guiados Ticonderoga USS Normandy (CG 60) e o contratorpedeiro classe Arleigh Burke USS Ramage.

Neste domingo, os Estados Unidos enviaram seu segundo grupo de ataque de porta-aviões para o leste do Mediterrâneo para "dissuadir ações hostis contra Israel ou qualquer esforço direcionado a ampliar a guerra após os ataques do Hamas", disse o secretário de Defesa, Lloyd Austin.

USS Dwight D. Eisenhower é segunda embarcação de guerra enviada pelos EUA a Israel para guerra contra o Hamas — Foto: Ryan D. McLearnon / US Department of Defense / AFP
USS Dwight D. Eisenhower é segunda embarcação de guerra enviada pelos EUA a Israel para guerra contra o Hamas — Foto: Ryan D. McLearnon / US Department of Defense / AFP

O site do comando naval americano destaca que a embarcação de propulsão nuclear (o porta-aviões USS Eisenhower) "oferece uma ampla gama de capacidades flexíveis de missão, incluindo operações de segurança marítima, projeção de poder expedicionário, presença naval avançada, resposta a crises, controle marítimo, dissuasão, contraterrorismo, operações de informação e cooperação de segurança".

O navio é alocado em missões das Forças Armadas americanas desde os anos 1970. Foi deslocado para a atuação militar durante a Guerra do Golfo, nos anos 1990, e mais recentemente nas guerras no Afeganistão e no Iraque. A embarcação chega a até 56 km/h, tem capacidade para levar 90 aeronaves e dispõe de dois lançadores de mísseis RIM-7 Sea Sparrow, dois lançadores de mísseis de fuselagem rolante RIM-116 e ao menos três canhões Phalanx CIWS 20 mm.

Além das embarcações, o Departamento de Defesa afirma que "também está trabalhando com a indústria dos EUA para acelerar o envio de equipamento militar que os israelenses já tinham encomendado". O país vai aumentar o apoio a Israel, incluindo "capacidades de defesa aérea e munições", segundo o governo.

Domo de Ferro

Para a defesa de seu território, Israel conta com o chamado "Domo de Ferro", como é conhecido o sistema anti-mísseis israelense. O equipamento está em operação desde 2011.

O Domo de Ferro foi projetado para deter em pleno ar mísseis que adentrem o território israelense. Os dispositivos inimigos são detectados por meio de um radar, e o sistema rapidamente calcula se o foguete deve cair em uma área habitada ou atingir uma infrestrutura importante. Caso represente uma ameaça, mísseis são disparados para atingir o artefato inimigo.

O sistema de radar é capaz de detectar foguetes entre 4 e 70 km de distância. Já os mísseis podem defender uma área de 150 km². Segundo Israel, o sistema tem 90% de eficiência. O infográfico abaixo mostra em etapas o funcionamento do sistema:

Infográfico mostra em etapas como funciona o Domo de Ferro, sistema de defesa de Israel — Foto: Arte O Globo
Infográfico mostra em etapas como funciona o Domo de Ferro, sistema de defesa de Israel — Foto: Arte O Globo
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