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Por — Rio de Janeiro

O conflito armado entre Israel e o grupo terrorista Hamas entra no 12º dia marcado por ataques a hospitais e escolas, mais de 4,4 mil mortos nos dois lados e revivendo uma história conflituosa que precede a criação do Estado de Israel em 1948. Diante dos novos episódios da guerra, há termos específicos para compreender as nuances e o papel dos atores de ambos os lados. Para isso, O GLOBO reuniu uma série de termos-chave para entender o conflito entre Hamas e Israel.

Israel

  • Sionismo

O sionismo é um movimento nacionalista nascido no final do século XIX que defendia a formação de um Estado nacional para os judeus na região conhecida como Palestina. De acordo com defensores da ideologia, no passado, a região abrigou o reino de Israel. Há uma diferença entre judeus e sionistas: enquanto os primeiros são pessoas que pertencem à religião judaica, os sionistas são aqueles que defendem a criação e manutenção do Estado de Israel .

  • Shabat

Dia sagrado para os judeus, celebrado sempre no sétimo dia da semana, de acordo com a religião. Do anoitecer das sextas-feiras à noite dos sábados, os judeus se preocupam com descanso e orações e costumam evitar usar aparelhos tecnológicos. Segundo o livro sagrado do judaísmo, o shabat foi a “primeira das criações que Deus abençoa”. O primeiro ataque do Hamas, no dia 7 de outubro, ocorreu durante o shabat.

  • Forças de Defesa de Israel (IDF)

As Forças de Defesa de Israel (IDF) são as Forças Armadas do país, incluindo Marinha, Aeronáutica e Exército. Israel tem uma dos maiores contingentes de militares do mundo, com 196 mil na ativa e outros 465 mil reservistas — equivale a 7% da população israelense, de 9,3 milhões. No país, o serviço militar é obrigatório para homens e mulheres acima de 18 anos.

  • Domo de ferro

Domo de ferro é como é conhecido o sistema de defesa contra ataques aéreos de Israel, um dos mais sofisticados do mundo. Ele analisa as ameaças de mísseis que entram no espaço aéreo israelense e, então, dispara mísseis de defesa para conter o ataque.

  • Kibutz

As kibutz são comunidades agrícolas israelenses comandadas coletivamente. Elas recebem esse nome em função do significado da palavra em hebraico, que quer dizer “reunião”. A ideia do kibutz original é desenvolver a vida em comunidade, com o entendimento que são parte de algo maior do que a própria família, e remonta o início da moderna imigração judaica para a então Palestina, no século XIX, envolta em ideais socialistas. Nos ataques do dia 7 de outubro, os terroristas atacaram diversos kibutz no sul de Israel.

  • Mossad

Mossad é a agência de inteligência internacional de Israel e é responsável por coordenar operações fora do país. Entre os objetivos da organização estão garantir a segurança do país e de seus cidadãos, evitar que inimigos adquiram ou desenvolvam armas não-convencionais e prevenir ataques terroristas.

Palestina

A Jihad Islâmica é um grupo extremista ligado ao Hamas, que desde 7 de outubro está em guerra contra Israel. O grupamento paramilitar, fundado no Egito em 1981, não participa da política e atua estritamente na via militar. Apesar de não reconhecer Israel como um Estado-nação, também é muito crítico à atuação da Autoridade Nacional Palestina (ANP). A organização extremista recebe financiamento sobretudo do Irã e tem boas relações com autoridades egípcias. Em 7 de outubro, a Jihad Islâmica se uniu ao Hamas nos ataques terroristas a Israel.

A Cisjordânia é o principal território palestino. A região tem aproximadamente 5.860 km², equivalente ao tamanho do Distrito Federal, e fica localizada a 30km de Gaza, no interior. Não tem acesso ao Mar Mediterrâneo, mas tem acesso ao Mar Morto. O espaço é controlado principalmente por militares israelenses, que ocupam o território desde 1967, mas a ANP tem autonomia sobre 40% do território.

  • Nakba

A palavra, que significa “catástrofe” em árabe, é usada pelos palestinos para se referirem à guerra de independência de Israel, em 1948, que resultou na fuga ou expulsão de cerca de 700 mil moradores árabes das suas casas. Muitos se estabeleceram na Faixa de Gaza, onde hoje governa o Hamas.

  • Fatah

O Fatah é o principal partido da Organização para a Liberação da Palestina (OLP). Fundado em 1959 pelo ex-líder palestino Yasser Arafat, o grupo comanda a Autoridade Nacional Palestina, que governa cerca de 40% da Cisjordânia. Laico, é adversário do Hamas, que tem uma visão fundamentalista do Islã.

  • Intifada

São levantes organizados de palestinos contra Israel e marcaram a história dos conflitos entre os dois grupos desde meados do século passado. Neste período, ocorreram duas intifadas: a primeira, entre 1988 e 1993, e a segunda, entre 2000 e 2005. Em julho, já tinha sido registrada a maior escalada de tensão a região da Cisjordânia desde a Segunda Intifada, com ataques aéreos na região.

  • Foguetes Qassam

Principal armamento do grupo terrorista Hamas, os Qassam são foguetes de baixo alcance, com alcance de 10km, produzidos em larga escala pelo baixo custo. Esse tipo de foguete é caracterizado por ser uma arma arcaica e ineficaz, mas prática para a estratégia do grupamento paramilitar, que consegue disparar o Qassam e sair do local antes da contraofensiva israelense.

  • Autoridade Nacional Palestina (ANP)

Criada com os Acordos de Oslo, em 1994, ANP administra nominalmente partes da Cisjordânia e, até 2007, da Faixa de Gaza. Pelo acordo, porém, a ANP deveria existir até maio de 1999, quando já deveriam ter sido resolvidos os status finais de Gaza e Cisjordânia, o que não ocorreu. O presidente da ANP é Mahmoud Abbas, o mesmo desde 2005.

  • Organização para a Libertação da Palestina (OLP)

Organização política formada em 1964 com o objetivo de lutar pela independência da Palestina. Entre 1968 e 2004, o movimento foi comandado por Yasser Arafat, então líder do Fatah. A partir de 1974, a OLP foi reconhecida como a única entidade representativa do povo palestino. Em 1987, tornou-se a principal força por trás da Primeira Intifada. No ano seguinte, Arafat declarou a independência do Estado da Palestina, com sede em Jerusalém, mas só em 1993 Arafat e Yitzhak Rabin, primeiro-ministro israelense, assinaram o acordo de paz que atribuiu o estatuto de autonomia à Palestina.

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