Um ataque aéreo a um hospital na Faixa de Gaza deixou ao menos 500 vítimas nesta terça-feira, informou Ashraf al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde palestino. Segundo o Hamas, o número de mortos seria superior a 870. Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu negou que as Forças Armadas israelenses sejam responsáveis pela explosão, e acusou “terroristas bárbaros” de estarem por trás da tragédia.
Veja antes e depois da área do hospital atingida por míssil na Faixa de Gaza
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Hamas diz que bombardeio foi realizado por Israel, que culpa Jihad Islâmica; ao menos 500 pessoas morreram após o ataque
De acordo com as Forças Armadas de Israel, o bombardeio teria sido promovido pelo grupo extremista palestino Jihad Islâmica — que, por sua vez, também negou ter atingido o hospital. Em meio à troca de acusações, a Defesa Civil Palestina classificou o caso como “um bombardeio sem precedentes”. Esta é a 11ª unidade de saúde em Gaza a ser atingida por mísseis desde o início da guerra, conforme levantamento do “The Washington Post”.
Fundado em 1882, o Hospital Árabe al-Ahli é o mais antigo de Gaza. Segundo a organização de direitos humanos “Amos Trust”, o hospital era definido como “um refúgio de paz e esperança no meio de uma das áreas mais problemáticas do mundo”. O local tratava mais de 45 mil pessoas todos os anos. Ainda segundo a ONG, “as restrições à circulação e às importações significam que o hospital fica muitas vezes sem medicamentos básicos” e “fornecimentos limitados de eletricidade”.
“Além das suas instalações hospitalares, Al Ahli fornece clínicas móveis gratuitas a aldeias em Gaza e oferece apoio especializado a diferentes grupos comunitários, tais como clínicas gratuitas para mulheres idosas, cuidados gratuitos para queimaduras e crianças com baixo peso ou subnutridas, programas de rastreio para detecção precoce de cancro da mama entre as mulheres e apoio psicossocial essencial”, informou a organização, que buscava reunir doações para o que o local.
“Durante os ataques do Verão de 2014 em Gaza, o hospital abriu as suas portas aos familiares dos feridos que estavam desesperados e procuravam refúgio”, e contratou “pessoal adicional para responder à enorme necessidade”. De acordo com a organização, naquele ano, os profissionais atenderam cerca de 45 casos de queimaduras graves por dia, sendo 50% dos pacientes crianças.
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