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Por — Buenos Aires

A única mulher da corrida presidencial argentina tem 67 anos e atua em política desde os 17. Em 1973, Patricia Bullrich passou a militar na Juventude Peronista e, naquele ano, foi uma das milhares de pessoas que caminhou até o aeroporto internacional de Ezeiza para receber o ex-presidente Juan Domingo Perón, após 18 anos de exílio forçado. Foi um dia trágico para a Argentina, no qual morreram pelo menos 13 pessoas, em enfrentamentos entre militantes peronistas e forças de segurança.

Bullrich nega, mas seus assessores confirmam que durante a última ditadura militar (1976-1983), a hoje candidata presidencial da aliança de centro-direita Juntos pela Mudança integrou a guerrilha peronista Montoneros. Durante a campanha, o candidato da extrema-direita, Javier Milei, acusou Bullrich de ter colocado bombas em creches, o que levou a candidata a apresentar uma denúncia na Justiça contra seu rival.

Existem diferentes versões sobre seu passado — que inclui anos de exílio no Brasil e na Espanha —, mas a verdade é que Bullrich iniciou sua carreira no peronismo, e alguns anos após o retorno da democracia se tornou antiperonista ferrenha. A candidata foi ministra do Trabalho do fracassado governo de Fernando de la Rúa (1999-2001), que renunciou ao poder na metade de seu mandato. Foram os tempos do confisco de depósitos bancários, saída abrupta da conversibilidade — que atrelou o peso ao dólar na década de 90 —, calote da dívida pública e desfile de presidentes na Casa Rosada.

Dá época em que foi ministra do Trabalho vem seu apelido mais famoso, “la piba” (a garota). Assim a chamavam os pesos pesados do sindicalismo. Após o desastroso governo de De la Rúa, a candidata fundou seu próprio partido, União por Todos, se aliou a partidos de centro-esquerda, elegeu-se deputada, e em 2015 aceitou ser ministra de Segurança do governo de Mauricio Macri.

Seu crescimento como dirigente ocorreu após a volta do peronismo ao poder, em 2019, e, sobretudo, durante a pandemia da Covid-19. Bullrich liderou caravanas contra a rígida quarentena implementada pelo presidente Alberto Fernández, iniciando uma campanha que a levou a percorrer várias regiões do país. Sua coragem ao enfrentar um governo que, no início da pandemia, tinha elevados índices de apoio popular, lhe rendeu bons frutos.

Quando Macri anunciou que não disputaria novamente a Presidência, Bullrich comentou a colaboradores que encararia o desafio. Um desses colaboradores lhe disse que jamais conseguiria derrotar o prefeito de Buenos Aires, Horácio Rodríguez Larreta, numa eleição interna. Esse mesmo colaborador contou a resposta de Bullrich: “nunca duvide de minha ousadia”.

A candidata, que tem um filho e está em seu segundo casamento, venceu as primárias, mas enfrentou dificuldades para se posicionar. Bullrich entende pouco de economia e teve de suportar os flertes de Macri com Javier Milei. Se conseguir uma vaga no segundo turno, alguns analistas acham que tem mais chances do que o peronista Sergio Massa de vencer, por representar uma opção de mudança menos extrema.

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