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Por O GLOBO

O conflito entre Israel e Hamas, iniciado em 7 de outubro após um ataque terrorista sem precedentes do grupo palestino, começou muito antes da última escalada e envolve diferentes atores do mundo árabe. Embora muitos apontem a criação do Estado de Israel pela ONU, em 1947, como o primeiro ponto de inflexão, que foi se acirrando com todas as guerras subsequentes, a disputa pela região — que abriga a terra sagrada para as três maiores religiões do mundo — remete a milênios. Conheça alguns livros, filmes e séries para entender a guerra em Israel e a causa palestina no Oriente Médio.

Livros

Orientalismo: o Ocidente como invenção do Oriente (Edward W. Said)
Editora Companhia das Letras

Publicado em 1978, o livro do intelectual palestino Edward W. Said é considerado um clássicos dos Estudos Culturais e uma das obras fundadoras dos Estudos Pós-coloniais. Professor da Universidade de Columbia, ele mostra como o "Oriente" é uma invenção cultural e política do "Ocidente". Em um ensaio de grande erudição, Said recorre a obras literárias e expressões artísticas, além de relatos de viajantes e tratados de filologia para mostrar que a expansão imperialistas europeia foi acompanhada de um acervo de saberes, conhecimento acadêmicos que contribuiu para colocar os diversos povos orientais como "o outro", inferior e exótico.

O que deu errado no Oriente Médio (Bernard Lewis)
Editora Zahar

Um ano após os atentados de 11 de setembro, enquanto os EUA lideravam a "Guerra ao Terror", o acadêmico britânico de origem judaica, especializado na História do Islã e professor emérito da Universidade de Princeton, faz uma abrangente estudo da história e da cultura islâmica, mostra o crescimento da tensão com o Ocidente e a sequência de acontecimentos que, em certa medida, levaram aos atentados de 2001.

Uma História dos Povos Árabes (Albert Hourani)
Companhia das Letras

Nessa obra, o professor da Universidade de Oxford parte do aparecimento do Islã e vai até o que chama de reafirmação da identidade islâmica e a disseminação dos grupos fundamentalistas. Em um livro sucinto, ele mostra os diferentes aspectos das sociedades árabes, examinando instituições sociais, a literatura e outras expressões artísticas, a situação da mulher, os deslocamentos demográficos e as crises de refugiados, além dos diversos movimentos religiosos e intelectuais.

A História de Israel (Martin Gilbert)
Edições 70

Escrito pelo historiador britânico Sir Martin Gilbert, biógrafo de Winston Churchill, a obra mostra o anseio dos judeus por um Estado, o surgimento do movimento sionista, o fluxo de judeus para a Palestina, as perseguições na Europa, o Holocausto e a criação do Estado de Israel, em 1948. Gilbert aborda ainda as guerras atravessadas pelo país e o conflito com os palestinos.

De amor e de trevas (Amós Oz)
Companhia das Letras

Vencedor do Prêmio Israel e do Príncipe de Astúrias, além de indicado ao Nobel de Literatura, Amós Oz é considerado o maior autor da literatura israelense. Um misto de memória e ficção, "De amor e trevas" recria os caminhos de Israel, da diáspora à fundação do país, a partir do olhar de um menino que vê a construção da nação e a da sua própria identidade. O livro ganhou uma adaptação para os cinemas, em 2015, dirigida e protagonizada por Natalie Portman.

Umm Saad (Ghassan Kanafani)
Editora Tabla

A terceira novela do autor palestino apresenta a personagem que se tornou um símbolo da resistência palestina. Umm Saad é uma mulher de uma pequena aldeia rural que, após a criação de Israel, passa a viver em um campo de refugiados. Comparada à mãe coragem de Berthold Brecht por sua consciência política autônoma, ela se mostra um agente de transformação popular e uma afirmação da identidade de seu povo.

Filmes

Promessas de um novo mundo (Justine Shapiro e B.Z. Goldberg e Carlos Bolado)

O documentário de 2001 retrata a história de sete crianças israelenses e palestinas que vivem na mesma cidade, Jerusalém, mas em mundos separados por divergências políticas e religiosas. Seu encontro para atividades prosaicas como brincar e jogar futebol mostra o medo, o isolamento e suas diferentes concepções de mundo, ao mesmo tempo em que oferece uma nova perspectiva esperançosa de futuro para a região através dos laços de amizades entre os pequenos.

Munique (Steven Spielberg)
Prime Video

No longa de 2005, Steven Spielberg filma os acontecimentos que se seguiram ao assassinato de atletas israelenses por terroristas na Olimpíada de Munique, em 1972. O filme acompanha uma equipe do Mossad encarregada de procurar e matar os responsáveis pelo atentado, episódio que ficou conhecido como Setembro Negro. Spielberg constrói sua narrativa mostrando os dilemas pessoais vividos pelo agente e como o xadrez político afeta a missão.

Nascido em Gaza (Hernán Zin)
Netflix

Documentário filmado em 2014, após ataques a Gaza, mostra como a violência impacta a vida das crianças palestinas.

Imagens aéreas mostram destruição ao sul de Gaza após bombardeios

Imagens aéreas mostram destruição ao sul de Gaza após bombardeios

O Dia do Perdão (Amos Gitai)

Quando a Guerra do Yom Kippur é declarada, dois amigos juntam-se à uma unidade da força aérea israelense. Sua missão é transportar mortos e feridos, ou resgatar soldados perdidos em território inimigo. Quando o helicóptero dos dois é atingido por um míssil, os dias que se seguem são extremamente traumáticos. A filmografia do israelense Amos Gitai é rica em filmes que abordam os encontros entre árabes e israelenses e suas implicações políticas e íntimas. Vale ainda conferir longas como Kedma, Uma noite em Haifa e O último dia de Itzhak Rabin, entre outros títulos.

Beit Leichem (Yuval Adler)
Mubi

Ibrahim é o líder da Brigada de Mártires Al-Aqsa, uma milícia palestina baseada na Cisjordânia, e é procurado por organizar atentados suicidas com bombas dentro de Israel. Quando o irmão mais novo de Ibrahim é recrutado como informante pelo serviço secreto israelense Shin Bet, o relacionamento dos dois passa a conviver com diferentes pontos de vista e dilemas morais.

Valsa com Bashir (Ari Folman)

Animação em formato de documentário retrata as tentativas de Folman, o diretor, de recuperar sua memória da Guerra do Líbano e do Massacre de Shabra e Shatila, de 1982. Com a ajuda de um terapeuta, ele busca companheiros com quem atuou em seu pelotão para reconstruir sua atuação nesses acontecimentos. O longa foi indicado ao Oscar de melhor filme em língua estrangeira.

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