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Por AFP — Sanaa

A milícia huthi, que governa o norte do Iêmen, reivindicou nesta terça-feira um ataque com mísseis balísticos e um "grande número de drones" contra a cidade turística de Eilat, no sul de Israel, em resposta ao bombardeio militar israelense na Faixa de Gaza. Os rebeldes, apoiados pelo Irã, também prometeram outros ataques se a guerra contra o Hamas continuar, abrindo nova frente no conflito.

"As Forças Armadas do Iêmen confirmam que continuarão a realizar ataques qualitativos com mísseis e drones até que a agressão israelense cesse", informa comunicado militar dos huthis transmitido pela TV al-Masirah, dos rebeldes.

Segundo o comunicado, os rebeldes huthi "lançaram um grande lote de mísseis balísticos e um grande número de aeronaves armadas" contra Israel nesta terça-feira, na terceira operação desse tipo desde o início da ofensiva israelense contra Gaza, em 7 de outubro, após o Hamas realizar o pior ataque da História de Israel.

Mais cedo, militares israelenses informaram que uma "invasão de aeronave hostil" havia disparado sirenes de alerta em Eilat, balneário localizado no Mar Vermelho e destino turístico da região, acrescentando posteriormente que haviam interceptado um "míssil superfície-superfície" disparado em direção ao território israelense, "interceptado com sucesso pelo sistema de defesa aérea 'Arrow'".

"Todas as ameaças aéreas foram interceptadas fora do território israelense", disseram as Forças Armadas de Israel.

Conflito em Israel:

Abdelaziz bin Habtour, primeiro-ministro do governo Huthi, comentou nesta terça-feira que os rebeldes fazem "parte do eixo de resistência" contra Israel, que inclui outros grupos apoiados por Teerã no Líbano, Síria e Iraque, como o Hezbollah, e que estavam lutando com "palavras e drones".

— Há coordenação, uma sala de operações conjuntas e um comando comum para essas operações — declarou. — Não podemos permitir que esse inimigo sionista arrogante mate nosso povo.

A afirmação não pôde ser confirmada de modo independente. Os huthis tomaram em 2014 a capital do Iêmen, Sanaa, e controlam grandes áreas do país e uma guerra civil que já causou a morte de mais de 230 mil pessoas.

Visando o sul de Israel

Israel culpou os huthis por um ataque de drones na sexta-feira, dizendo que sua aeronave havia interceptado "alvos hostis" em direção ao sul do território israelense. Em paralelo, seis pessoas ficaram levemente feridas quando destroços atingiram um prédio do outro lado da fronteira de Eilat, no resort egípcio vizinho de Taba, informou o exército egípcio na ocasião.

Em 19 de outubro, a Marinha dos EUA afirmou ter derrubado três mísseis de cruzeiro de ataque terrestre e "vários" drones disparados pelos huthis, possivelmente contra Israel.

Israel vem bombardeando Gaza desde o ataque de 7 de outubro, quando homens armados do Hamas atravessaram a fronteira e mataram mais de 1.400 pessoas, a maioria civis, e sequestraram mais de 230 outras.

Desde então, os bombardeios israelenses mataram mais de 8.500 pessoas, sendo mais de 3.500 crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, administrada pelo Hamas, um pedaço de terra empobrecido que abriga 2,4 milhões de pessoas.

Há uma grande preocupação com uma conflagração regional, especialmente porque o Irã — que apoia financeira e militarmente o Hamas, mas insiste que não teve envolvimento no ataque de 7 de outubro — tem leais e combatentes por procuração no Iraque, na Síria, no Líbano e no Iêmen.

Desde o início do conflito em Gaza, houve uma série de ataques às forças americanas no Iraque e na Síria, além de trocas de tiros quase diárias na fronteira entre Israel e Líbano entre o Hezbollah e o exército israelense.

No domingo, o presidente iraniano Ebrahim Raisi alertou no X, antigo Twitter, que Israel havia "ultrapassado as linhas vermelhas, e isso pode forçar todos a agirem", sem entrar em detalhes.

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