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Por O Globo — Rio de Janeiro

Mosab Hasan Yousef, de 45 anos, filho do xeique Hassan Yousef, um dos sete fundadores do Hamas, estará em São Paulo na noite deste sábado para realizar uma palestra no Clube Hebraica. O evento foi organizado pela instituição sem fins lucrativos StandwithUs Brasil, ligada à comunidade judaica e que tem como objetivo “educar sobre Israel”.

Nas redes sociais, a organização escreveu que a capital paulistana terá “uma oportunidade única de ouvir pessoalmente” Mosab. Ex-combatente do grupo terrorista Hamas, ele rompeu com a família e com o movimento extremista. De 1997 a 2007, atuou como informante do serviço secreto de Israel — ação que teria levado à detenção de palestinos responsáveis pelo planejamento de atentados suicidas.

Em 2010, após assumir ter se convertido ao cristianismo, pediu asilo político aos Estados Unidos, local em que vive atualmente. Nascido em Ramallah, na Cisjordânia, em 2012 ele afirmou querer ser um “modelo para os jovens palestinos”, mesmo sabendo que suas ideias não só são vistas como traição como também podem matá-lo. Autor do livro “Filho do Hamas”, o escritor já recebeu várias ameaças de morte.

No mesmo ano, ele contou que passou a colaborar com o Shin Bet e o Mossad, os serviços de segurança de Israel, depois de entender a “real natureza” da organização da qual seu pai foi um dos fundadores. Nunca se arrependeu, afirmou, seguro de que “salvou muitas vidas”. Nas redes sociais, Musab definiu seu livro como “um relato envolvente de terror, traição, intriga política e escolhas impensáveis”.

‘Príncipe verde’

O seu primeiro contato com o Shin Bet, contou, se deu em 1996, quando agentes o prenderam. No ano seguinte, ele foi libertado como informante israelense. Considerado a mais confiável fonte do Shin Bet no alto escalão do Hamas, Musab ganhou o apelido de “príncipe verde” — em referência à cor-símbolo do movimento islâmico e ao seu “pedigree”.

A revelação foi mais um golpe para o Hamas, que em 2010 sofreu um revés quando um de seus comandantes foi assassinado em Dubai. As autoridades do movimento acusaram Israel pelo crime, e houve relatos de que uma informação privilegiada teria ajudado os assassinos.

O Hamas alegou que já desconfiava das atividades de Musab há anos, e o mantinha sob observação para impedi-lo de coletar informações valiosas. Seu pai, Hassan Yousef, emitiu um comunicado por meio de seu advogado dizendo que seu filho tinha sido vítima de “chantagem” pelas autoridades israelenses durante uma temporada na cadeia, em 1996.

Segundo fontes do serviço secreto de Israel, no entanto, Musab não ajudou as forças israelenses em troca de dinheiro, mas porque “queria salvar vidas”.

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