Uma toupeira dourada (Cryptochloris wintoni), espécie que não tem olhos e se move "nadando" na areia, foi encontrada por pesquisadores pela primeira vez desde 1936 nesta quarta-feira (29). Por não ter visão, o animal tem audição aguçada e utiliza de sons e vibrações para se locomover.
A pesquisa que reencontrou o animal foi conduzida pela ONG Endangered Wildlife Trust (EWT) e pela Universidade de Pretoria. Na ocasião, os pesquisadores utilizaram cães farejadores treinados e uma técnica chamada ADN ambiental (ou eDNA), que coleta variedades de amostras ambientais, para localizar o animal.
Para essa conquista, os pesquisadores precisaram estudar 18 quilômetros de dunas da costa noroeste da África do Sul diariamente, em busca o DNA que o animal libera no espaço: pelos, células da pele e excreções corporais. Após 100 amostras de solo coletadas, foi verificada a presença da toupeira naquele ambiente.
Ainda em 2023, outra espécie desaparecida foi encontrada. Zaglossus ou equidna-de-bico-longo foi encontrado na Nova Guiné, após 60 anos sem ser visto, por uma expedição científica. O mamífero, que surgiu há cerca de 160 milhões de anos, possui um fato curioso: tal como os ornitorrincos, também põe ovos.
Até dia 10 de novembro, havia apenas um registro fotográfico da espécie. Após 80 câmeras instaladas semanalmente na região das Montanhas Ciclope, uma das fotografias mais importantes do mundo animal foi capturada.
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