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Por O Globo e agências internacionais — Washington

O ex-presidente Donald Trump é o claro favorito entre os eleitores republicanos mais leais. Os grupos conservadores, no entanto, temem que ele acabe por assustar os eleitores moderados e independentes nas eleições presidenciais de novembro de 2024 nos Estados Unidos, entregando ao atual presidente, o democrata Joe Biden, as chaves para um segundo mandato na Casa Branca. Neste contexto, se antes os grandes doadores apostaram primeiro no governador da Flórida, Ron DeSantis, como alternativa a Trump, à medida que a sua campanha enfraqueceu, agora a figura de Nikki Haley emerge com força entre os republicanos, com o endosso de uma poderosa e influente rede conservadora de bilionários anunciado nesta terça-feira.

"Uma maioria significativa dos eleitores quer alguém novo", observou em comunicado a Americans for Prosperity Action, que já se tinha manifestado contra a nomeação de Trump e optou agora por apoiar uma de suas rivais na reta final que conduz às primárias republicanas. Para a campanha de Haley, ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora das Nações Unidas, que tem uma infraestrutura menor que a de Trump ou DeSantis, o novo apoio pode ser fundamental para se estabelecer como uma alternativa ao antigo presidente.

"Em nítido contraste com as eleições recentes que foram dominadas pela bagagem negativa de Donald Trump e nas quais bons candidatos perderam disputas que deveriam ter sido vencidas, Nikki Haley, no topo da chapa, impulsionaria os candidatos para cima e para baixo nas urnas", diz o memorando assinado por Emily Seidel, conselheira sênior da organização, que acrescenta que Haley conquistaria "os principais eleitores independentes e moderados que Trump não tem chance de conquistar".

O memorando prossegue afirmando que o país "está sendo dilacerado por extremos de ambos os lados", acrescentando: "O momento que enfrentamos exige um líder testado, com julgamento governamental e experiência política para tirar a nossa nação do abismo. Nikki Haley é essa líder." A sua conclusão é que "Donald Trump e Joe Biden apenas perpetuarão ainda mais a espiral descendente do país na política".

A Americans for Prosperity Action, fundada pelos irmãos industriais bilionários Charles e David Koch, está entre os maiores gastadores do país em material anti-Trump este ano, comprando anúncios on-line e enviando correspondências a eleitores em vários estados, incluindo Iowa, New Hampshire e Carolina do Sul. Ao todo, o grupo gastou mais de US$ 9 milhões em despesas independentes opondo-se a Trump.

A rede é bem financiada, arrecadando mais de US$ 70 milhões para disputas políticas no verão (do Hemisfério Norte). Em uma coletiva de imprensa sobre o endosso, contudo, eles se recusaram a dizer quanto dinheiro destinariam para financiar a campanha de Haley.

Segundo o El País, outros importantes doadores conservadores expressaram apoio a Haley nas últimas semanas, enquanto a campanha de DeSantis enfrenta problemas. Personalidades como Stanley Druckenmiller, Andy Sabin e Chad Walldorf anunciaram seu respaldo à candidata. Spencer Zwick, fundador da Solamere Capital e líder na arrecadação de fundos para Mitt Romney, também integra a equipe de captação de recursos de Haley. Além disso, o gestor de fundos bilionário Ken Griffin também está considerando fazer uma doação para a campanha de Haley.

O cenário é um golpe para o governador da Flórida, pois ele tenta convencer os doadores de que é a única pessoa que pode derrotar Trump se a disputa acabar se restringindo ao ex-presidente e a outro concorrente. Contudo, Haley permanece muito atrás do ex-presidente sob o qual serviu, que continua a dominar nas pesquisas nacionais, bem como nas pesquisas em todos os estados com votação antecipada.

Segundo as últimas sondagens do New York Times e da Universidade Siena, o ex-mandatário está na frente de Biden em cinco dos seis estados de batalha mais importantes um ano antes das eleições de 2024. Na média, nos seis estados decisivos — e em todos Biden venceu Trump em 2020 — o republicano bate o democrata por 48% a 44%. (Com New York Times e El País.)

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