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Por O Globo e agências internacionais — Moscou

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou um aumento de 170 mil pessoas no contingente do Exército, que passará a ter 2.209.130 componentes, incluindo recrutas por tempo de contrato e militares de carreira. O anúncio ocorre em um momento complexo na guerra na Ucrânia, em que avanços são feitos a conta-gotas, a um elevado custo humano.

"O aumento do número de militares das Forças Armadas da Federação Russa está sendo implementado em etapas, focado nos cidadãos que expressam o desejo de prestar serviço militar mediante contrato", escreveu o Ministério da Defesa no Telegram. "A este respeito, não há planos para aumentar significativamente o recrutamento de cidadãos para o serviço militar obrigatório. Não há previsão de mobilização."

Na publicação, o Ministério credita a decisão, confirmada em decreto emitido nesta-sexta-feira, à percepção de um aumento de ameaças externas, referência aos países da Otan, a principal aliança militar do Ocidente, que prestam apoio à Ucrânia desde o início da guerra, chamada internamente de "operação militar especial", em fevereiro de 2022.

Soldado russo pula de 'tanque kamikaze' momentos antes de explosão, na Ucrânia

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"As forças armadas combinadas da aliança [Otan] estão sendo construídas perto das fronteiras da Rússia e estão sendo implantados sistemas adicionais de defesa aérea e armas de ataque. O potencial das forças nucleares tácticas da Otan está aumentando . Os Estados Unidos pretendem substituir 200 bombas nucleares obsoletas localizadas na Europa e na Turquia por uma nova versão de alta precisão até ao final de 2025", afirma o Ministério da Defesa. "Nas condições atuais, um aumento adicional na força de combate e no tamanho das Forças Armadas é uma resposta adequada às actividades agressivas do bloco da Otan."

Apesar de não estar oficialmente relacionada à guerra, a decisão de Moscou coincide com relatos de órgãos ocidentais de inteligência sobre o elevado número de baixas russas na Ucrânia. No mês passado, o Reino Unido apontou que o país teve algumas das piores semanas do conflito, com muitos mortos em ofensivas no Sul do país, nos arredores de Kherson. Dados do Instituto para o Estudo da Guerra, dos EUA, sugerem que o conflito está se encaminhando para se tornar uma "guerra de trincheiras", com avanços cada vez mais demorados, a um custo de vidas e equipamentos extremamente elevado.

Em agosto, o New York Times revelou que cerca de 120 mil militares russos teriam morrido desde o final de fevereiro de 2022, e quase 200 mil ficaram feridos. Um outro levantamento, feito pelo site Mediazona e pelo serviço russo da BBC, estimou o número de baixas em 38.261, com base em documentos como certidões de óbito emitidas pela Federação Russa.

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