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Por O Globo — Buenos Aires

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, anunciou nesta segunda-feira o nome que ocupará o Ministério da Defesa do seu governo a partir de 10 de dezembro, quando ocorrerá a posse. O escolhido foi o advogado Luis Petri, vice na chapa da terceira colocada na eleição, Patricia Bullrich, da coalizão Juntos pela Mudança.

"O Gabinete do presidente eleito da República Argentina comunica que o sr. Luis Petri será o ministro da Defesa a partir do próximo dia 10 de dezembro. Dessa maneira, a formação completa do Juntos pela Mudança está integrada ao governo do A Liberdade Avança [partido de Milei]", diz o comunicado à imprensa.

Com a decisão, o Juntos pela Mudança passa a integrar o Gabinete do novo governo, o que pode abrir margem para rusgas internas — a começar pela vice-presidente de Milei, Victoria Villarruel, que, como filha de um tenente-coronel que lutou na Guerra das Malvinas, tinha intenção de colocar um militar reformado à frente da Defesa. Durante as eleições, Milei afirmou que sua companheira de chapa indicaria os nomes de quem comandaria as duas pastas que acabaram nas mãos de Bullrich e seu vice.

Considerado um quadro mais radical, que já prometeu "acabar com o kirchnerismo" em diversas declarações públicas, o novo chefe das Forças Armadas da Argentina deverá atuar de forma estratégica ao lado de Bullrich, que comandará a pasta da Segurança Pública — cargo que já ocupou nos anos de governo do ex-presidente Mauricio Macri (2015 - 2019).

— Ele será um representante de Bullrich para que as Forças Armadas sejam mais presentes no apoio logístico à segurança interna — analisou uma fonte com experiência na área de Defesa em entrevista ao jornal argentino La Nación, sob condição de anonimato. — Petri é o único que apoiou publicamente Javier Milei ao lado de Patricia Bullrich.

Aos 46 anos, Petri surgiu como um quadro do radicalismo argentino ao se aproximar do ex-vice-presidente Julio Cobos, do governo de Cristina Kirchner (2007 - 2011), que também foi governador da província de Mendoza.

Nascido em San Martín, em Mendoza, formou-se em direito pela Universidad Nacional del Interior e foi eleito deputado em 2013, pelo partido União Cívica Radical, reelegendo-se em 2017. Como parlamentar, votou contra a legalização e regulamentação do aborto na Argentina, sancionado em 2020.

Em 2023, Petri tentou disputar o governo de Mendoza, mas perdeu em uma eleição interna para o radical Alfredo Cornejo. Na sequência, foi escolhido por Bullrich para concorrer às eleições presidenciais ao seu lado.

Petri comandará 88 mil pessoas que integram as Forças Armadas argentinas, entre elas 10 mil oficiais, 45 mil suboficiais e 32 mil soldados, com o desafio de reduzir os gastos do Estado. Uma das primeiras decisões que terá de tomar no cargo é definir os nomes que ficarão a frente da Marinha, Aeronáutica e Exército, além do Estado-Maior Conjunto.

Durante a campanha, Milei disse que seu governo teria apenas oito ministérios, mas atualmente já há 18. Além de Petri, estão confirmados Guillermo Ferraro (Infraestrutura), Mariano Cúneo Libarona (Justiça), Diana Mondino (Relações Exteriores), Sandra Pettovello (Capital Humano), Guillermo Francos (Interior) Patricia Bullrich (Segurança) e Luis Caputo (Economia) (Com La Nacion).

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