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Por e — Brasília

Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva veem a cúpula do Mercosul, com início nesta quarta-feira, como um local oportuno para pressionar o regime de Nicolás Maduro. No Rio de Janeiro, líderes do bloco ainda pretendem se reunir para debater outros temas relevantes, como o acordo comercial com a União Europeia.

A crise geopolítica e a ameaça de anexação de parte da Guiana feita pela Venezuela, porém, não devem ficar de fora. Lula ainda avalia quais serão os próximos passos e como poderá ser a resposta do Brasil. Neste sentido, a proximidade com outros países da região pode ser produtiva para encontrar o tom da reação. A ideia, por enquanto, não passa por uma declaração conjunta, mas sim pelo posicionamento individual de autoridades. Um momento "propício" para isso, segundo um auxiliar do Palácio do Planalto.

Na terça-feira, a situação foi agravada pelo conjunto de medidas anunciadas por Maduro. Após aprovação do referendo que reivindicou dois terços do território do país vizinho, o presidente da Venezuela deu prosseguimento à criação de uma zona de defesa integral da "Guiana Essequiba", como chamam o território do Essequibo.

O governo segue vendo com preocupação as movimentações de Maduro e acompanha com atenção os desdobramentos, prezando pela solução diplomática e pacífica. Há, no entanto, uma percepção de que é pouco provável que haja uma atitude que saia da retórica. A expectativa de diplomatas é que Lula siga falando sobre o tema, mas que não mude, neste momento, o tom adotado pelo Brasil sobre a tensão.

General nomeado

Maduro nomeou um general para "governar" a região, classificando-o como "única autoridade" da área. Em discurso à nação, o presidente venezuelano também apresentou um novo mapa do país, que inclui o Essequibo, e ordenou que a versão seja publicada e divulgada nas escolas e universidades venezuelanas.

Maduro também ordenou à estatal petrolífera PDVSA a concessão de licenças para a exploração de recursos na região do Essequibo, onde Georgetown autorizou a operação de empresas petrolíferas estrangeiras, como a Exxon. O chavista instruiu a criação da "divisão PDVSA-Essequibo" e a concessão "de imediato de licenças operacionais para a exploração de petróleo, gás e minerais em toda a área".

Já o presidente da Guiana, Irfaan Alí, disse na terça-feira que as declarações de Maduro constituem uma “ameaça direta” contra o seu país e rejeitou as medidas anunciadas pelo presidente venezuelano no território que reivindica de Georgetown.

— Esta é uma ameaça direta à integridade territorial, à soberania e à independência política da Guiana — disse Ali.

Ali também afirmou que recorreria ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para frear Maduro. Para fundamentar o pedido contra a Venezuela, citou o desrespeito à decisão Corte Internacional de Justiça, sediado em Haia, que determinou que o regime de Maduro não tomasse qualquer ação preparatória para invasão ou anexação.

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