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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião para o fim da tarde desta quarta-feira com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o assessor especial da Presidência Celso Amorim para debater a conjuntura geopolítica e as ameaças da Venezuela contra a Guiana. A reunião ocorrerá no Rio de Janeiro, onde Lula se encontra para participar da cúpula do Mercosul. Como O GLOBO informou mais cedo, auxiliares do presidente veem o encontro regional como uma oportunidade para enviar recados ao governo de Caracas.

No Rio de Janeiro, líderes do bloco ainda pretendem se reunir para debater outros temas relevantes, como o acordo comercial com a União Europeia e as tratativas com Cingapura.

A crise geopolítica e a ameaça de anexação de parte da Guiana feita pela Venezuela, porém, não ficará de fora. Lula dever avaliar o cenário na reunião e se aprofundar sobre qual deve ser a resposta do Brasil à crise. Também será informado sobre os últimos desdobramentos da situação.

Na terça-feira, o cenário foi agravado pelo conjunto de medidas anunciadas por Maduro. Após aprovação do referendo que reivindicou dois terços do território do país vizinho, o presidente da Venezuela deu prosseguimento à criação de uma zona de defesa integral da "Guiana Essequiba", como chamam o território do Essequibo.

O governo segue vendo com preocupação as movimentações de Maduro, prezando pela solução diplomática e pacífica. Há, no entanto, uma percepção de que é pouco provável que haja uma atitude que saia da retórica. A expectativa de diplomatas é que Lula siga falando sobre o tema, mas que não mude, neste momento, o tom adotado pelo Brasil sobre a tensão.

Maduro nomeou um general para "governar" a região do Essequibo, classificando-o como "única autoridade" da área. Em discurso à nação, o presidente venezuelano também apresentou um novo mapa do país, que inclui a incorporação de território pertencente ao país vizinho, e ordenou que a versão seja publicada e divulgada nas escolas e universidades venezuelanas.

Maduro também ordenou à estatal petrolífera PDVSA a concessão de licenças para a exploração de recursos na região do Essequibo, onde Georgetown autorizou a operação de empresas petrolíferas estrangeiras, como a Exxon. O chavista instruiu a criação da "divisão PDVSA-Essequibo" e a concessão "de imediato de licenças operacionais para a exploração de petróleo, gás e minerais em toda a área".

Já o presidente da Guiana, Irfaan Ali, disse na terça-feira que as declarações de Maduro constituem uma “ameaça direta” contra o seu país e rejeitou as medidas anunciadas pelo presidente venezuelano no território que reivindica de Georgetown.

— Esta é uma ameaça direta à integridade territorial, à soberania e à independência política da Guiana — disse Ali.

Ali também afirmou que recorreria ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para frear Maduro. Para fundamentar o pedido contra a Venezuela, citou o desrespeito à decisão Corte Internacional de Justiça, sediado em Haia, que determinou que o regime de Maduro não tomasse qualquer ação preparatória para invasão ou anexação.

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