Um helicóptero do Exército da Guiana com sete pessoas a bordo desapareceu nesta quarta-feira perto da fronteira com a Venezuela. A bordo, estavam pelo menos seis militares de alta patente que estavam à caminho de uma inspeção das tropas que guardavam a área de fronteira em disputa com a Venezuela.
Estavam a bordo o sargento Jason Khan, o coronel Michael Shahoud, o tenente-coronel Michael Charles, o tenente-coronel Sean Welcome, o tenente Andio Michael Crawford e o brigadeiro Gary Beaton.
Venezuela X Guiana:
- Venezuela e Guiana estão em crise por uma secular disputa pela região fronteiriça de Essequibo, que corresponde a dois terços do território da Guiana, ter sido reavivada após a descoberta de petróleo na área em 2015;
- A exploração de petróleo em Essequibo alavancou a economia da Guiana, que nos últimos anos se tornou o país que mais cresce no mundo e dono das maiores reservas de petróleo per capita do planeta;
- Em 3 de dezembro, o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro votou um referendo sobre a anexação do território, que foi aprovado pela maioria da população;
- Com o aval popular, Maduro nomeou um general como "autoridade única" da região, apresentou um novo mapa da Venezuela incluindo a província de "Guiana Essequiba" e ordenou à estatal petrolífera PDVSA a concessão de licenças para a exploração de recursos na área;
- A Guiana, por outro lado, apelou ao Conselho de Segurança e à Corte Internacional de Justiça, organismos da ONU, para intervirem.
Inicialmente, a expectativa era de que tropas, além da operação de busca e salvamento, descessem para a área de floresta para intensificar as buscas. Mas, o nevoeiro espesso e o tempo ruim impediu restringiram esta opção. Khan também afirmou que o governo dos EUA ajudará nas buscas nesta quinta-feira.
A aeronave perdeu contato a 45 quilômetros da fronteira, em uma área com tempo ruim. Até o momento, não há indicativos de envolvimento da Venezuela no caso.
O helicóptero Bell 412 EP perdeu contato entre os dois países, em Essequibo, o território em disputa com a Venezuela, declarou o Brigadeiro Omar Khan. O helicóptero partiu da base de Ayanganna às 09h23 desta quarta-feira com destino a Arau. Segundo comunicado das Forças de Defesa da Guiana, a aeronave enviou um sinal do transmissor localizador de emergência às 11h20 desta quarta-feira.
— Há um telefone via satélite na aeronave além do conjunto de comunicação orgânico e indígena usado para se comunicar com controle rígido. Não tivemos nenhum relato de qualquer interferência relacionada à comunicação. Mas a comunicação por telefone via satélite depende de um céu claro — explicou o militar.
O Exército perdeu contato com a aeronave depois que ela decolou do assentamento de Olive Creek, no oeste da Guiana, após uma parada para reabastecimento. Questionado se a aeronave foi atingida no céu enquanto voava em uma área montanhosa e densamente arborizada, Khan disse que não há indicações de que isso tenha ocorrido.
— Não temos nenhuma informação que sugira que tenha havido algum voo de aeronave venezuelana naquela área. Especulação não é o que eu quero abordar. Nossa prioridade é salvar as vidas de nossos oficiais e patentes. Esse acontecimento, esse incidente, tenho certeza, gerou uma ansiedade adicional neste período que estamos — afirmou o Brigadeiro.
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