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Por Valor Econômico — São Paulo

O Grupo dos Vinte (G20) reúne as 20 maiores economias do mundo e integra países como EUA, China, Brasil, Índia, França. Trata-se do principal fórum de cooperação econômica internacional.

Sua principal atribuição é apoiar o crescimento e o desenvolvimento mundial por meio do fortalecimento da arquitetura financeira internacional e da governança nas grandes questões econômicas globais.

Para isso, os Estados-membros se encontram anualmente para discutir medidas econômicas, políticas nacionais, cooperação internacional e instituições econômico-financeiras internacionais.

Criado originalmente em 1999 em resposta às crises financeiras do fim dos anos 1990, o G20 reunia os ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais de 19 países mais a União Europeia. Com a crise financeira de 2008, contudo, a habitual reunião de ministros e diretores dos BCs do grupo foi elevada a nível de Cúpula de chefes de Estado.

A primeira Cúpula do G20 foi realizada em Washington, em novembro de 2008. Até 2010, as cúpulas eram realizadas semestralmente. A partir de 2011 passaram a ser anuais.

Qual é o nível de poder decisório do G20?

O grupo é um fórum informal, que promove debate sobre assuntos relacionados à estabilidade econômica global. Na prática, reflete a diversidade de interesses das economias mais ricas. Para garantir o trabalho simultâneo com instituições internacionais, o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) e o presidente do Banco Mundial também participam das reuniões.

Desde a crise financeira de 2008, o G20 passou a trabalhar conjuntamente com outros organismos, países convidados e fóruns internacionais, como o Banco de Compensações Internacionais (BIS) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Diferentemente de organizações internacionais como o FMI e o Banco Mundial, o G20 não possui um corpo de funcionários permanente. A presidência do grupo é rotativa entre os membros e muda a cada ano. O país que exerce a presidência estabelece um programa de trabalho para o ano, em geral dando continuidade a boa parte dos assuntos discutidos no âmbito do grupo, mas podendo adicionar novos temas e iniciativas.

O que são as trilhas do G20?

O G20 opera de forma diferente dos organismos internacionais tradicionais, com duas abordagens principais: a Trilha de Finanças e a Trilha de Sherpas

A Trilha de Finanças trata de assuntos macroeconômicos estratégicos e é conduzida pelos ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais, que se reúnem quatro vezes por ano, sendo duas em reuniões à margem dos encontros do FMI e do Banco Mundial. A coordenadora da Trilha de Finanças é a economista e diplomata Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda.

Nesta trilha, as reuniões se dividem em sete grupos técnicos: economia global, arquitetura financeira internacional, infraestrutura, finanças sustentáveis, tributação internacional, inclusão financeira e assuntos do setor financeiro. Há ainda a Força-tarefa conjunta de finanças e saúde, concebida em 2021 e que funciona como fórum para aprimorar a cooperação global em prevenção, preparação e resposta a pandemias.

Na Trilha de Sherpas, os representantes dos líderes do G20 ficam responsáveis por supervisionar negociações, discutir os pontos da agenda da cúpula e coordenar a maior parte do trabalho. O sherpa indicado pelo governo brasileiro para o G20 é o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty.

O termo “sherpa” é utilizado na diplomacia para designar negociadores em cúpulas de chefes de Estado. A origem do termo vem dos Sherpas, etnia do Nepal, que guiam alpinistas que almejam chegar ao topo do Everest. No G20, os sherpas encaminham as discussões e acordos até a cúpula final com chefes de Estado e de governo.

A Trilha de Sherpas engloba 15 grupos de trabalho — agricultura, anticorrupção, cultura, desenvolvimento, economia digital, redução do risco de desastres, educação, emprego, transições energéticas, sustentabilidade climática e ambiental, saúde, turismo, comércio e investimentos, empoderamento das mulheres e pesquisa e inovação — , duas forças-tarefa (para o lançamento de uma aliança global contra a fome e a pobreza e outra para a mobilização global contra a mudança do clima) e uma iniciativa sobre bioeconomia.

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