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Por AFP — Nova York

A ONG Human Rights Watch (HRW) acusou o governo israelense nesta segunda-feira de submeter intencionalmente a população civil da Faixa de Gaza à fome como parte de sua ofensiva no enclave palestino, que teve início após o ataque terrorista do Hamas, em 7 de outubro, que deixou 1,2 mil mortos em Israel, a maioria civis, e quase 250 pessoas sequestradas, segundo as autoridades.

Atualmente, 129 reféns permanecem retidos em Gaza após uma trégua estabelecida no mês passado ter permitido a libertação de 105 reféns sob poder do Hamas e de grupos aliados, 80 deles israelenses, em troca de 240 palestinos detidos em Israel.

"O governo israelense utiliza a inanição de civis como método de guerra na Faixa de Gaza ocupada, o que constitui um crime de guerra", denunciou o grupo, com sede em Nova York, em um relatório.

"As forças israelenses bloqueiam deliberadamente o fornecimento de água, alimentos e combustível, impedindo intencionalmente a ajuda humanitária, arrasando aparentemente zonas agrícolas e privando a população civil de objetos indispensáveis para sua sobrevivência", acrescentou.

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores israelense acusou a HRW de ser "organização antissemita e anti-israelense".

— A Human Rights Watch (...) não condenou o ataque contra cidadãos israelenses e o massacre de 7 de outubro, e não tem base moral para falar sobre o que ocorre em Gaza se faz vista grossa para o sofrimento e direitos humanos dos israelenses — declarou Lior Haiat, porta-voz da Chancelaria, à AFP.

Segundo informou nesta segunda-feira o Ministério da Saúde do enclave palestino, controlado pelo Hamas desde 2007, 19.453 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza desde o início da guerra com Israel, vítimas de bombardeios e incursões terrestres. Os mortos são em sua maioria civis, principalmente mulheres e menores de 18 anos.

Após meses de intensos bombardeios e combates, a maior parte da população da Faixa de Gaza foi deslocada e sofre com a escassez de alimentos, água, combustível e medicamentos.

Em meados de novembro, o Programa Mundial de Alimentos (PAM) da ONU já havia denunciado que ao menos 2,2 milhões de pessoas passavam fome e corriam risco de morrer por inanição. A agência apontava a falta de combustível e a baixa quantidade de ajuda humanitária que entrava na região como as principais causas da crise de abastecimento.

No último dia 10, o Escritório de Coordenação para Assuntos Humanitários (OCHA) das Nações Unidas informou que atualmente cem caminhões com água potável, comida e medicamentos entram todos os dias em Gaza, um número muito inferior aos 500 diários antes da guerra.

Entrada de ajuda humanitária

Israel aprovou na sexta-feira a entrega "temporária" de ajuda através de sua passagem fronteiriça de Kerem Shalom, localizada no sul de Gaza, na fronteira com Israel e perto do território egípcio, que serve apenas ao transporte de cargas. Antes do início da guerra, em torno de 60% da ajuda a Gaza chegava por essa passagem israelense.

Um primeiro comboio entrou no domingo, indicou um funcionário do Crescente Vermelho egípcio, sob anonimato. Ao todo, "79 caminhões começaram a entrar hoje", disse o agente.

Até então, a escassa ajuda que entrou no território se deu pela passagem de Rafah, único ponto de trânsito sob controle do Egito, mas a ONU repete que é "insuficiente".

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