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Por O Globo e agências internacionais

O Conselho de Segurança da ONU aprovou, nesta sexta-feira, uma resolução que “exige” que todas as partes envolvidas no conflito entre Israel e o Hamas permitam a “entrega segura e sem obstáculos de assistência humanitária em grande escala” na Faixa de Gaza. A aprovação encerra quase uma semana de intensas disputas diplomáticas para evitar um veto à medida.

A versão final do texto, aprovada com 13 votos a favor e duas abstenções (dos EUA e da Rússia), não fala em cessar-fogo — e é pouco provável que afete a dinâmica do conflito no enclave. No entanto, permite que o principal órgão de segurança das Nações Unidas finalmente se pronuncie de forma mais taxativa com relação à crise humanitária em Gaza.

No mesmo dia, o enviado israelense na ONU afirmou que o único obstáculo para a entrega de ajuda no território é a capacidade das Nações Unidas. Ao falar no Conselho de Segurança, Jonathan Miller acusou a UNRWA, que coordena as entregas de doações em Gaza, de fechar os olhos para as operações do Hamas.

Como resposta, a UNRWA disse que suas instalações foram rapidamente atingidas por ataques israelenses, e que 70% de sua equipe local foi deslocada. Ao menos 136 funcionários da organização foram mortos. Observadores afirmaram que as entregas de ajuda foram retardadas por onerosas inspeções de segurança de Israel.

— Qualquer melhoria na monitorização da ajuda pela ONU não pode ser feita às custas das inspeções de segurança de Israel — rebateu Miller.

‘Israel continuará em guerra’

Os Estados Unidos já haviam vetado duas resoluções que falavam expressamente em um cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista. Além disso, vetou um texto parcialmente alterado por Moscou, que tentava incluir a exigência de pausa nos combates. As ações colocaram Washington cada vez mais em desacordo com outras grandes potências, além do mundo árabe.

Após a votação, Israel afirmou que “continuará em guerra até a libertação de todos os sequestrados e o aniquilamento do Hamas”. Em comunicado, o ministro das Relações Exteriores israelense, Eli Cohen, afirmou que o país “continuará a agir de acordo com o direito internacional”, mas que “verificará, por motivos de segurança, toda a ajuda humanitária”.

O Hamas, por sua vez, considerou a resolução aprovada "insuficiente", afirmando que a iniciativa "não responde à situação catastrófica criada pela máquina de guerra sionista (israelense)". O grupo defende veementemente um cessar-fogo total, chegando a rejeitar uma nova troca entre reféns israelenses e prisioneiros palestinos, até que as hostilidades fossem suspendidas definitivamente.

‘Resolução humanitária’

A versão inicial do texto, proposta pelos Emirados Árabes Unidos na última sexta-feira, apelava às partes em conflito em Gaza para que permitissem a utilização de “todas as rotas disponíveis” para a entrega de ajuda. Em paralelo, solicitava uma suspensão urgente das hostilidades. Apenas a primeira parte foi aceita por todas as nações.

— Acreditamos que a resolução humanitária que temos diante de nós apela à medidas urgentes para permitir imediatamente um acesso humanitário seguro, sem entraves, e criar as condições para um fim sustentável das hostilidades — afirmou Linda Thomas-Greenfield, a enviada dos EUA à ONU, classificando a decisão como “um forte passo”.

A embaixadora dos Emirados Árabes, Lana Nusseibeh, que apresentou a proposta, afirmou que a resolução não era “perfeita”, indicando que apenas um cessar-fogo acabará com o sofrimento no território palestino. Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, culpou a ofensiva israelense como o “problema real” para o envio de ajuda aos civis.

— O verdadeiro problema é que a forma como Israel está conduzindo esta ofensiva está criando enormes obstáculos à distribuição de ajuda humanitária dentro de Gaza — disse ele. — Um cessar-fogo humanitário é a única forma de começar a satisfazer as necessidades desesperadas das pessoas em Gaza e acabar com o seu pesadelo contínuo.

(Com New York Times e AFP).

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