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Por O Globo — Teerã

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou na quinta-feira a autoria das duas explosões em Kerman, no Irã, que deixaram ao menos 84 mortos e 284 feridos durante uma procissão no dia anterior em homenagem ao general Qassem Soleimani, morto pelos EUA em 2020. Também na quinta, dois membros da milícia Hashd al-Shaabi, aliada de Teerã, foram mortos em um ataque de drones em Badgá, capital do Iraque.

A sequência de ataques ocorrem em um momento tenso no Oriente Médio: na terça-feira, houve o assassinato no Líbano do número 2 da ala política do Hamas, também financiado por Teerã. Na semana passada, Seyyed Razi Mousavi, outro membro da Guarda Revolucionária — ex-colega de Soleimani —, foi morto em um ataque de mísseis na Síria.

Atentados se alastram pela região desde o início do conflito em Gaza — Foto: Arte O Globo
Atentados se alastram pela região desde o início do conflito em Gaza — Foto: Arte O Globo

Em meio a episódios de violência recentes no Irã, Iraque e Líbano e ao aprofundamento das tensões com os rebeldes houthis no Mar Vermelho, o chefe da Inteligência militar de Israel, o general Aharon Haliva, afirmou na quinta-feira que o país vem lutando uma guerra "em múltiplas frentes" desde o início do conflito com o Hamas e que a atividade de inteligência resultou em ações de defesa e ataque bem-sucedidas contra inimigos "de Gaza ao Irã".

— Por quase 90 dias, o Estado de Israel e as Forças Armadas estiveram em uma guerra em várias frentes (...), estão operando em todas as arenas, na defesa e no ataque — disse Haliva na cerimônia de graduação de uma turma de oficiais de inteligência, segundo o jornal Times of Israel. — A inteligência rica e de alta qualidade que a Direção de Inteligência Militar fornece salva diariamente a vida de muitos soldados que arriscam suas vidas no campo de batalha, resultando em ataques generalizados contra os nossos inimigos, de Gaza ao Irã.

Apesar da reivindicação do EI, a tentativa do governo iraniano de responsabilizar Israel e EUA pelo atentado terrorista, somada à instabilidade criada no Mar Vermelho por ataques dos houthis — milícia apoiada pelo Irã que atua no Iêmen —, sinaliza que a tensão entre Teerã e seus rivais não deve arrefecer.

Na segunda-feira, a Marinha do Irã anunciou o envio de uma frota de navios à região em mostra de apoio à milícia. No mesmo dia, o ministro de Relações Exteriores do país, Hossein Amir-Abdollahian, expressou "gratidão" pelo apoio dos houthis ao Hamas.

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