O Gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou ter chegado a um acordo com o Catar para o envio de medicamentos aos reféns israelenses capturados pelo Hamas e ainda detidos na Faixa de Gaza. De acordo com o anúncio das autoridades israelenses, os medicamentos serão entregues nos próximos dias.
“[O acordo] permitirá a entrada de medicamentos para os reféns detidos pela organização terrorista Hamas em Gaza”, informou o gabinete de Netanyahu em um comunicado.
O jornal israelense Haaretz noticiou que relatos sobre um possível acordo mediado pelo Catar surgiram na quinta-feira. A contrapartida israelense ao Hamas, apontou a publicação, seria aliviar o controle de fronteira e liberar a entrada de medicamento para uso em Gaza.
O Hamas e outros grupos terroristas aliados, como a Jihad Islâmica, sequestraram 250 pessoas pessoas durante o ataque de 7 de outubro do ano passado, segundo o balanço de autoridades de Israel. Desse total, estima-se que 132 ainda estejam em cativeiros do movimento palestino que governa a Faixa de Gaza e de outros extremistas.
Outros 25, ainda de acordo com autoridades israelenses, morreram no território palestino, sem que seus corpos tenham sido devolvidos até agora.
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Caso seja confirmada, a negociação representaria um raro momento em que a via diplomática consegue prevalecer ao conflito. No ano passado, o Catar atuou como principal mediador de outro momento de negociação, que resultou em uma importante janela de troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos.
O cenário do conflito, no entanto, é diferente daquele momento, no qual houve um cessar-fogo de mais de uma semana. O risco de ampliação da guerra pela região tornou-se uma preocupação internacional, e ganhou novos contornos na quinta-feira, quando Estados Unidos e Reino Unido bombardearam o Iêmen, em represália às ações ofensivas de rebeldes houthis contra navios mercantes no Mar Vermelho.
O grupo rebelde iemenita comunicou que 73 bombardeios foram registrados no ataque ocidental, deixando cinco mortos e seis feridos. Os houthis prometeram retaliação ao ataque liderado pelos EUA, e aliados regionais, como o próprio Hamas e o Irã, alertaram para a instabilidade provocada pelo ataque à região como um todo. (Com AFP)
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